Cobra-coral picada por vigilante em creche de SC é morta em ato de desespero

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Vigilante morde cobra venenosa após ser picada pelo animal em creche de SC

Situação ocorreu quando mulher chegou para trabalhar e estava de chinelo. Matar
animais silvestres é proibido por lei.

Vigilante mostra cobra-coral que a picou no dedão em creche de SC
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Uma vigilante escolar mordeu uma cobra-coral verdadeira após ser picada pelo
animal no dedão do pé ao chegar para trabalhar em uma creche de Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina. Ela disse que tomou a
atitude em um momento de desespero, pois temia que a serpente pudesse ferir
alguma das crianças.

Depois de matar a cobra, a mulher foi de bicicleta até o posto de saúde. Ela já
teve alta, mas chegou a ficar internada em estado grave.

“Ela estava correndo para dentro da creche. Fiquei com medo de ela se esconder
onde as crianças brincam e elas levarem uma picada”, relatou a vigilante à NSC.
A mulher pediu para não ser identificada.

O biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente
(Fujama), disse que em casos como este, é recomendado que a população chame o
resgate de órgãos como Fujama ou os bombeiros, para evitar acidentes. Além
disso, matar animais da fauna silvestre, entre eles as cobras, é proibido por
lei e configura crime ambiental.

PICADA

A picada ocorreu porque a vigilante pisou sem querer na serpente. Como a mulher estava de chinelo, a cobra a atingiu no dedão.

O acidente ocorreu na manhã de sexta-feira (7), enquanto ela abria a porta para
a chegada dos professores.

Antes de morder a cobra, ela tentou atingir o animal com britas e com a
bicicleta. Sem efeito, acabou mordendo a serpente no desespero.

A vigilante foi encaminhada em estado grave para um hospital da cidade, de onde
já recebeu alta. Ainda assim, a mulher teve sequelas como câimbras, espasmos
musculares e dificuldade na fala.

ORIENTAÇÕES

O biólogo Gilberto Ademar Duwe confirmou a espécie e disse que se tratava de um
filhote.

Ele destacou que não é indicado que a pessoa pegue o animal na mão. Isso porque,
para se defender, a serpente pode dar uma nova mordida.

Duwe também divulgou orientações para evitar acidentes com cobras.

É preciso ficar atento especialmente quando estiver ao ar livre.

“É importante que as pessoas tenham bastante cuidado principalmente quando vão
fazer algum tipo de atividade ao ar livre, fazer trilha, mexer em alguma horta,
trabalhar na roça. Sempre utilizar equipamento de segurança, como bota e
perneira, assim como olhar onde vai pôr mão ou onde pisa”, completou o biólogo.

Conforme Duwe, a coral verdadeira é uma serpente que possui uma das peçonhas
mais fortes do país e, ainda assim, é o grupo de serpentes que registra o menor
número de acidentes. Isso porque é uma cobra que não dá bote e não é agressiva,
mas tenta fugir ao se sentir ameaçada.

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