Morador leva susto ao encontrar cobra na cozinha de casa
O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o animal. De acordo com o Corpo de Bombeiros, nesses casos, a recomendação é que a população não tente resgatar o animal e acione a emergência pelo 193.
1 de 3 Cobra sobre bico de filtro de barro em uma residência de Goiânia — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Cobra sobre bico de filtro de barro em uma residência de Goiânia — Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros
Uma família do Setor Santo Hilário Expansão, em Goiânia, tomou um baita susto ao se deparar com uma cobra sobre o bico de um filtro de barro na cozinha. O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirar o animal que rastejou do filtro para um escorredor de copos (veja na imagem acima).
O fato ocorreu na madrugada da última quinta-feira (5). De acordo com o relato dos bombeiros, o animal foi identificado como uma possível “falsa coral”. A família foi então orientada a não mexer no animal e aguardar a chegada de uma viatura no local.
O Corpo de Bombeiros realizou o resgate do animal, que foi retirado da residência e solto em uma região de mata. Apesar do susto, ninguém foi picado pela cobra.
PERIGOS E PRECAUÇÕES
De acordo com o biólogo Edson Abrão, analisando as imagens é possível dizer que o animal realmente se trata de uma serpente “falsa coral”, que engloba vários animais similares, não sendo possível distinguir a espécie em si.
“A coral verdadeira não passa de 40 a 38 centímetros, enquanto essa [serpente da imagem] aparenta ter mais de 40 centímetros”, declara.
O biólogo também destaca que a coral verdadeira tem o veneno mais poderoso da América do Sul, enquanto a falsa costuma não ser venenosa e se alimenta de animais menores.
Sobre como estes animais vão para dentro das residências, Edson destaca a urbanização, e diz que estes animais têm saído cada vez mais de seus habitats naturais em busca de abrigo e alimento, como pequenos roedores.
Falsa Coral (Oxyrhopus guibei) predando uma lagartixa doméstica (Hemidactylus mabouia) — Foto: Acervo Pessoal/Izaac Roque
Por fim, a dica do especialista é, caso encontre um animal deste tipo, não manuseie de forma alguma, independente de ser ou não venenoso, nem tente machucá-los, mas entre em contato com o Corpo de Bombeiros através do 193, ou com o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). Além disso, também é recomendável lavar o local em que o animal esteve e, caso seja picado, tirar uma foto do bicho para que o soro correto seja usado para tratar o ferimento.