Coca-Cola se interessa por mercado de bebidas a base de maconha

A Coca-Cola informou nesta nesta segunda-feira (17) que está estudando para entrar no mercado que produz bebidas a base de maconha. Caso a medida fosse adotada, a bebida conteria canabidol (CBD) que é um dos componentes presentes na Cannabis ( maconha), mas que, ao contrário do THC (tetrahidrocanabinol), não é uma substância psicoativa e por isso é legal em muitos países.

O comunicado da empresa foi divulgado depois que a agência Bloomberg, especializada em informação econômica, noticiou que a famosa marca de bebidas está em conversações com a Aurora Cannabis Inc., uma companhia com sede em Edmonton (Canadá) que tem licença para produzir essa droga. Em nota nesta segunda-feira, o site especificou que por enquanto não há nenhum tipo de garantia de que a operação entre as duas companhias irá adiante. Entretanto, as ações da Aurora subiram 22%, e Coca-Cola também teve alta – menos expressiva, devido a preocupações paralelas com tarifas comerciais – no mercado de Nova York.

Grandes nomes corporativos têm entrado na indústria da maconha desde que o Canadá aprovou o uso recreativo, vendo o país como uma base de testes e produção até que ocorram mudanças na Lei Federal dos Estados Unidos. Em março deste ano, a empresa Coca-Cola anunciou que lançaria no Japão o primeiro produto alcoólico da sua história. O fabricante de refrigerantes também chegou recentemente a um acordo de colaboração com a Bodyarmor, empresa especializada em bebidas isotônicas, da qual é acionista o ex-jogador de basquete Kobe Bryant. Nessa transação, o gigante norte-americano se tornou acionista minoritário da Bordyarmor.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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