Cocaína por delivery: cerca de 404 porções e 2kg de drogas foram apreendidas

cocaína

Delegado que investiga o caso dos suspeitos de vender cocaína por delivery em Goiânia, alegou que na 1º fase, da “Operação Disque-Cocaína”, foi descoberto um local do laboratório de cocaína onde foram apreendidas 404 porções e cerca 3 kg da droga para refino, além de produtos químicos utilizados na preparação. 

Ao Jornal Diário do Estado (DE), o delegado Hudson Benedetti, o delegado contou que inicialmente, foi realizada a prisão de um dos entregadores e de um usuário do esquema. “Com o telefone deles, descobriu-se um esquema muito maior, em que um número funcionava como central de pedidos pelo aplicativo WhatsApp e o outro como o gerente dos motoboys”, informou.

Cocaína por delivery; relembre o caso

Nesta terça-feira, 26, a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) cumpriu mandados de prisão contra suspeitos de vender cocaína por delivery em Goiânia. De acordo com a investigação, a droga era entregue majoritariamente em setores nobres da cidade, como os setores Marista e Bueno.

“Eles faziam a divisão de tarefas. Tinha a parte dos entregadores, dos motoboys que se fingiam entregadores de aplicativo, e tinha a parte dos operadores do esquema”, explicou o delegado. 

As prisões ocorrem no âmbito da Operação Disque-Cocaína e já somam em 14 pessoas detidas, na primeira fase, por suspeita de envolvimento na venda de cocaína nos bairros nobres da capital, mais seis presas nesta segunda fase as investigações.

Além dos mandados de prisão, a corporação cumpriu também, nesta segunda fase, seis mandados de buscas e apreensão. A PC informou ainda que o grupo vendia a droga para cerca de duas mil pessoas cadastradas em Goiânia. Para a investigação, foram 40 agentes que fizeram parte da operação.

Ainda de acordo com Benedetti, a polícia segue investigando quem são os donos da mercadoria. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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