Colírio vendido por engano pode ter causado morte de bebê em Formosa

Bromoprida, caixa esqueda, e tartarato de brimonidina, caixa da direita (Reprodução/TV Anhanguera)

Um bebê morreu suspeito de ingerir um colírio que teria sido vendido por engano em uma farmácia de Formosa, no Entorno do Distrito Federal. O caso ocorreu na madrugada de domingo, 5. De acordo com a Polícia Civil (PC), o medicamento receitado corretamente, e que a criança deveria ter tomado, era para evitar vômito e enjôo.

De acordo com a delegada Fernanda Lima, a mãe do pequeno Ravi Lorenzo contou que ele estava com sintomas como náuseas, vômito e febre, e por este motivo ela levou o menino para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Chegando ao local, após examinar o bebê, o médico prescreveu três remédios, um deles, a “bromoprida”, que evita vômitos.

“O avô da criança contou que se dirigiu até a farmácia e comprou esses medicamentos. Ele teria levado os remédios para mãe da criança, que teria ministrado os remédios conforme a prescrição. Passado um tempo, a criança começou a chorar e gritar de dor”, disse a agente.

A mãe do menino informou que, ao contrário do que o médico receitou, o remédio vendido pela farmácia foi o “tartarato de brimonidina”, um colírio para o tratamento de glaucoma. Ao retornar a UPA após Ravi começar a chorar e gritar de dor, os médicos chegaram a intuba-lo, porém ele não resistiu.

“Nós fizemos diligências na farmácia e na UPA para ter acesso ao prontuário”, informou a delegada responsável pelo caso.

Segundo a Polícia Civil, um laudo preliminar apontou que a ingestão do remédio pode ter provocado o óbito do bebê, mas a afirmação só poderá ser dada após a conclusão dos exames. Até a última atualização desta reportagem o nome da farmácia não foi divulgado.

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