Comunidade onde balsa colidiu com flutuantes vive com medo de novos acidentes: ‘Risco já era anunciado’
Na sexta-feira (17), uma balsa colidiu com uma casa flutuante onde estavam dez pessoas. O acidente resultou na morte de uma mulher, e três crianças continuam desaparecidas.
Corpo de mulher vítima de colisão entre balsa e casas flutuantes é encontrada no AM
Os moradores da comunidade Urumatuba, na zona rural de Manicoré, no interior do Amazonas, afirmaram ao DE que o medo de acidentes com grandes embarcações já fazia parte da rotina deles muito antes da colisão de uma balsa com duas casas flutuantes na localidade. O acidente, ocorrido na última sexta-feira (19), resultou na morte de uma mulher e no desaparecimento de três crianças.
De acordo com os moradores, embarcações de grande porte trafegam diariamente próximo às residências, sem qualquer fiscalização por parte dos órgãos responsáveis. A falta de regulamentação e controle aumenta a preocupação dos moradores, que se veem vulneráveis diante da situação.
A professora Leidiane Lagos, de 41 anos, que mora na região e acompanha as buscas pelas três crianças ainda desaparecidas, ressaltou que, embora o acidente tenha ocorrido agora, o risco já era uma preocupação antiga. A comunidade se sente desamparada diante da falta de ações concretas para garantir a segurança das famílias que vivem nas casas flutuantes.
A professora Leidiane destacou que os moradores enfrentam diariamente o impacto do banzeiro causado pela passagem de barcos e balsas, que frequentemente jogam água para dentro das residências flutuantes. A situação coloca em risco não apenas as estruturas das casas, mas também a integridade e segurança dos moradores, em especial das crianças.
DE procurou a Marinha para questionar as denúncias feitas pela moradora e solicitou informações sobre as ações de fiscalização e regulação de embarcações e moradias flutuantes na área. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno por parte das autoridades responsáveis. A comunidade de Urumatuba aguarda por medidas que garantam sua segurança e a prevenção de novos acidentes.
Na sexta-feira (17), uma balsa carregada de soja, com destino a Porto Velho, em Rondônia, colidiu com uma casa flutuante onde estavam dez pessoas. A tragédia evidenciou a falta de cuidados e fiscalização na região, onde o tráfego de embarcações de grande porte é frequente e coloca em risco a vida dos moradores das casas flutuantes.
A Marinha e demais autoridades estão envolvidas nas buscas pelos desaparecidos e na investigação do acidente. A falta de prestação de socorro por parte da embarcação após a colisão levanta questões sobre a responsabilidade dos envolvidos. A comunidade de Urumatuba clama por segurança e medidas que evitem novos acidentes, garantindo a tranquilidade e integridade de seus moradores.