Na última quarta-feira, 20, o Governo da Colômbia anunciou que, em 2024, será realizada uma expedição com intuito de recuperar os itens de valor que naufragaram com o galeão San José, uma embarcação espanhola que levava ouro, esmeraldas e prata. Ela afundou em 1708 no mar do Caribe e foi encontrada em 2015.
Quando a embarcação zarpou de Portobello, em Cartagena, há 300 anos, estavam a bordo cerca de 6,17 milhões de moedas de ouro, prata e esmeraldas que, somados, podem valer mais de R$ 1 bilhão, segundo o jornal The Guardian. Chamado de “Santo Graal dos naufrágios”, a embarcação é considerada um tesouro arqueológico e econômico.
Juan Davis Correa, o ministro da Cultura da Colômbia, informou que se trata de uma expedição científica e que as primeiras tentativas estão marcadas para os meses de abril e maio, a depender das condições dos oceanos do Caribe.
O Ministro informou, ainda, que o material será extraído dos destroços mediante o uso de embarcações robóticas ou submersíveis que levarão até uma segunda embarcação da Marinha na superfície no mar para análise. Um segundo esforço poderá ser agendado, conforme o resultado da primeira análise.
O galeão San José afundou há mais de 300 anos durante uma batalha com navios britânicos, sendo localizado em 2015, mas desde então está envolvido em disputas legais e diplomáticas. A Agência Cultural das Nações Unidas solicitou, em 2018, que a Colômbia não explorasse comercialmente os destroços resgatados, visto que seria uma “perda irrecuperável de um patrimônio significativo”.
Em contrapartida, a Colômbia não assinou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, o que a obrigaria a seguir as normas internacionais e a informar a Unesco sobre seus planos de explorar os destroços do naufrágio.