Marconi escorrega ao apoiar desembargador que propôs a extinção da PM

Em seu estilo de oposição oportunista, isto é, que aproveita fatos momentâneos para promover ataques ao governador Ronaldo Caiado em vez de atuar de forma institucional debatendo linhas alternativas para o futuro de Goiás, o ex-governador Marconi Perillo meteu a colher de pau na polêmica criada a partir da manifestação de um desembargador que propôs a extinção da Polícia Militar.

Como ex-governador, que teve nas mãos o comando da PM, pegou mal para Marconi publicar um artigo no qual até tenta ficar em cima do muro, mas não consegue. Isso porque o tucano alega que as críticas de Caiado ao posicionamento do magistrado representariam interferência na autonomia do Poder Judiciário. Com isso, se solidariza com o infeliz juiz que deu origem ao questionamento sobre existência da principal instituição policial do Estado. Ao mesmo tempo, Marconi elogia a corporação. Ora, ou é um lado ou é outro e parece que o do desembargador ganha vulto no texto do ex-governador – e aí o desgaste com uma tropa numerosa, acima de 12 mil oficiais e soldados, é grande.

No artigo, Marconi ainda aproveita para apresentar um argumento inacreditável: afirma que a criminalidade caiu em Goiás graças às ações que adotou há seis anos (deixou o governo em abril de 2018) e que agora estariam se fazendo notar. O problema é que, na época, ele não avisou que seria necessário tanto tempo para aparecer algum resultado e que essa era uma estratégia calculada.

Tudo bobagem. Os índices de violência só despencaram porque o governador Ronaldo Caiado adotou uma mão firme para combater a bandidagem, antes vista como um desafio insolúvel porque consequência das desigualdades sociais. Caiado demoliu esse mito e resolveu com apoio às polícias Civil e Militar, além de reorganizar e investir no aparato de repressão e investigação. Somando-se esses fatores à imagem do governador de intransigência com qualquer tipo de delitos – inclusive corrupção, o crime praticamente desapareceu das ruas de Goiás.