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STF decreta sigilo na apuração de suposta interferência de Bolsonaro no MEC
Indícios foram apontados pela Polícia Federal e Ministério Público Federal com a suspeita de que o presidente atuou para atrapalhar as investigações
Em 30/06/2022 | 18:00O Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu decretar sigilo no inquérito que apura suposta interferência de Bolsonaro (PL), na investigação da Polícia Federal no caso do escândalo do Ministério da Educação (MEC).
A ministra Carmén Lúcia que é a relatora do processo no STF, deve pedir que a Procuradoria Geral da República se manifeste sobre a situação. O caso foi devolvido da Justiça Federal para o Ministério Público Federal (MPF), após os indícios de que o presidente teria atuado para atrapalhar as investigações.
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O MPF aponta que há indícios de que o presidente alertou o ex-ministro Milton Ribeiro sobre uma possível busca e apreensão. Existe áudio de uma conversa entre Ribeiro e uma filha falando exatamente sobre o assunto.
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Bolsonaro tem foro privilegiado e o STF decide se o inquérito segue no tribunal ou se é devolvido para primeira instância.
CPI
As investigações sobre o escândalo do MEC também continuam no Senado. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolizou o requerimento pedindo instalação da Comissão. Início dos trabalhos ainda depende do aval do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), mas os senadores agora discutem quem serão os membros.
Fato é que governistas e oposição buscam compor maior número entre os integrantes da CPI. Dos senadores anunciados, cinco são declaradamente contra o governo (Marcelo Castro (MDB), Renan Calheiros (MDB), Alessandro Vieira (PSDB), Randolfe Rodrigues (Rede) e um do PT que pode ser Jean Paul Prates, Humberto Costa ou Fabiano Contarato).
Dois senadores são da base (Carlos Favaro (PSD) e Daniella Ribeiro (PSD). E um senador se considera independente, que é o goiano Jorge Kajuru (Podemos).
Restam ainda três vagas que cabem a partidos compostos, em sua maioria, por governistas que é o PP, União Brasil e o PL.
Tags: Bolsonaro corrupção CPI investigação MEC Ministério da Educação ministros MPF PF segredo STF