Com alta nos casos de doenças, Saúde reforça importância da imunização

O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), unidade da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), registrou 2.620 atendimentos relativos a doenças preveníveis por vacinas apenas entre os meses de janeiro e outubro de 2024.

O alto volume de casos levou os pediatras do Hecad a promoverem uma ação para alertar pais e responsáveis sobre a importância da imunização para a proteção da saúde de crianças e adolescentes.

“A vacinação infantil é uma das intervenções mais seguras e mais necessárias da medicina, por proteger as crianças e consequentemente toda a sociedade de doenças graves e potencialmente fatais”, afirmou a pediatra Mariana Boccanera.

“As vacinas ajudam a criar uma barreira de proteção contra a propagação de doenças e a formação de epidemias e pandemias, além de serem fundamentais para o desenvolvimento pleno das crianças”, completa.

Entre os casos atendidos pelos profissionais do Hecad estão síndromes respiratórias graves, como gripe e covid, rotavírus, dengue, caxumba, tuberculose, meningite e tétano.

“Temos observado maior receio dos pais com relação às vacinas, mas é muito importante reforçar que todas as vacinas disponibilizadas para a população são rigorosamente avaliadas, com estudos clínicos e testes de segurança que garantem que os riscos trazidos pelo imunizante são infinitamente menores do que as complicações e sequelas que a doença pode causar”, alertou o pediatra e diretor técnico do Hecad, André Resende.

Oficina sobre importância da imunização

importância da imunização
Responsáveis precisam garantir que a criança receba as doses de imunizantes no período correto (Foto: SES)

O Hecad realizou na última semana oficina pedagógica com pais e responsáveis por crianças e adolescentes internados na unidade para conscientização sobre a importância da atualização do esquema vacinal.

“O cartão de vacinas em dia é exigido para a matrícula dos estudantes na rede pública de ensino e por isso os pais precisam estar atentos e garantir que a criança receba as doses de imunizantes no período correto, até porque enquanto a criança não tem o esquema vacinal completo ela não está totalmente protegida”, orientou Resende.

O hospital tem solicitado a apresentação do cartão no ato da admissão dos pacientes para conferência e orientação dos responsáveis. A mãe Carmem Nunes, que está com o filho internado no Hecad, participou da oficina sobre vacinação e contou que a ação auxiliou na compreensão do mecanismo de funcionamento das vacinas e das consequências da falta de imunização.

“Muitas vezes, com a correria do dia a dia, os pais tendem a pensar que são muitas vacinas e que dá trabalho levar a criança para vacinar. Mas é fundamental a gente entender que, se não vacinarmos, teremos muito mais trabalho com essa criança doente”, disse Carmem.

“É a primeira vez que meu filho recebe atendimento no Hecad e eu estou encantada. Participamos de várias atividades diferentes durante a internação e hoje mais uma oficina muito importante para nos lembrar de manter todas as vacinas em dia e proteger nossos filhos de doenças graves, sequelas e morte”, contou a mãe.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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