Com apoio da Escola do Futuro, startup cria revistas infantis para crianças no espectro autista

 Santo Antônio do Descoberto, Escola do Futuro apoia projeto de revistas tecnológicas voltadas para o aprendizado de crianças com espectro do autista

Com apoio da Escola do Futuro de Goiás, uma startup em Santo Antônio do Descoberto criou revistas tecnológicas voltadas para o aprendizado de crianças do espectro autista. A iniciativa adota recurso de realidade aumentada, desenhos de animais ganham vida quando coloridos e ativados por QR Code. Além disso, a tecnologia oferece jogos de onomatopeias, eficazes no desenvolvimento da comunicação não verbal em crianças neurodivergentes.

“Quando a mãe lê o QR Code, o desenho que a criança coloriu vira um formato de balão que oportuniza um momento lúdico com a criança. A mãe pode, também através do QR Code, ter acesso ao histórico do animalzinho e ter, junto ao filho, um momento importante de interação”, detalha Ana Luiza Calixto, CEO da Autistech Tecnologias, startup que recebeu mentoria especializada na Escola do Futuro de Goiás (EFG) Sarah Luísa Lemos Kubitschek de Oliveira, em Santo Antônio do Descoberto, por meio do ecossistema de inovação das unidades de ensino profissionalizante do governo de Goiás.

Ana Luiza é mãe do pequeno Ravi, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 17 meses, e enfrentou desafios para garantir que o filho tivesse mais possibilidades de desenvolvimento. Determinada a fazer a diferença, Ana Luiza mergulhou no universo da fonoaudiologia e criou a Autistech, encontrando na Escola do Futuro o apoio necessário para evoluir seu negócio para uma startup inovadora, focada em soluções tecnológicas para indivíduos com TEA.

A tecnologia desenvolvida roda em dispositivos Android, sem a necessidade de conexão com a internet. Agora, o desafio é democratizar o acesso a esse recurso, por meio de parcerias e investidores. “Queremos deixar isso de forma gratuita em todas as escolas de Goiás para que as crianças possam ter acesso aos conteúdos e, de fato, entrar na tecnologia”.

“O caso dessa startup mostra como as Escolas do Futuro de Goiás desenvolvem um importante papel social, algo que é marca da gestão do governador Ronaldo Caiado. A política pública feita nas nossas escolas promove inclusão, além de aumento de renda aos alunos e empreendedores que passam por elas, o que funciona como um elevador social, ajudando a tirar as pessoas da pobreza”, aponta o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto.

O diretor da EFG em Santo Antônio do Descoberto, Leandro Nery, explica que a unidade atua de forma estratégica na execução desse e de outros projetos com tecnologias imersivas e educativas. “Nós contribuímos na formação dos profissionais que vão atuar na programação, no desenvolvimento do design, e também como hub em que reunimos os alunos programadores, conectando-os às pessoas que estão investindo em projetos inovadores”.

 

 

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Operação desmantela esquema de fraudes de R$ 40 milhões no Banco do Brasil; grupo aliciava funcionários e terceirizados

A Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) lançaram uma operação para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes que somaram mais de R$ 40 milhões contra clientes do Banco do Brasil. A ação, realizada na manhã desta quinta-feira, 21, incluiu a execução de 16 mandados de busca e apreensão contra 11 investigados, entre eles funcionários e terceirizados do banco.
 
As investigações, conduzidas pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), revelaram que os criminosos utilizavam dispositivos eletrônicos clandestinos, como modens e roteadores, para acessar sistemas internos de agências bancárias e obter dados sigilosos de clientes. Esses dispositivos permitiam que os criminosos manipulassem informações, realizassem transações bancárias fraudulentas, cadastrassem equipamentos, alterassem dados cadastrais e modificassem dados biométricos.
 
A quadrilha atuava de forma organizada, com divisão de tarefas específicas. Havia aliciadores que recrutavam colaboradores do banco e terceirizados para obter senhas funcionais; aliciados que forneciam suas credenciais mediante pagamento; instaladores que conectavam os dispositivos aos sistemas do banco; operadores financeiros que movimentavam os valores desviados; e líderes que organizavam e coordenavam todas as etapas do esquema.
 
As denúncias começaram a chegar à polícia em dezembro de 2023, e as investigações apontaram que o grupo criminoso atuava em várias agências do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, incluindo unidades no Recreio dos Bandeirantes, Barra da Tijuca, Vila Isabel, Centro do Rio, Niterói, Tanguá, Nilópolis e Duque de Caxias.
 
O Banco do Brasil informou que as investigações começaram a partir de uma apuração interna que detectou irregularidades, as quais foram comunicadas às autoridades policiais. A instituição está colaborando com a investigação, fornecendo informações e subsídios necessários.
 
A operação contou com a participação de cerca de 25 equipes policiais e tem como objetivo apreender dispositivos eletrônicos ilegais, coletar provas e identificar outros integrantes do esquema criminoso. Além disso, as autoridades estão em busca do núcleo superior do grupo criminoso e dos beneficiários dos recursos desviados.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos