ICMS sobre combustíveis segue congelado por mais três meses

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da  gasolina, etanol e gás de cozinha será novamente congelado a partir de 1º de abril. A medida, apoiada pelo governador Ronaldo Caiado, terminaria na semana que vem, mas, valerá até o final de junho para tentar coibir o impacto das constantes altas dos combustíveis para o bolso do brasileiro. O valor pago para os estados corresponde a 28% da composição da gasolina, de acordo com a Petrobras.

No país vice-líder na produção mundial de etanol do mundo, a expectativa é de redução nos preços pagos pelo derivado da cana de açúcar nas bombas rapidamente, porque a gasolina atualmente tem 25% de adição de álcool anidro por litro. O estoque, no entanto, talvez não consiga atender toda a demanda por ser um período de entressafra.

O ICMS em Goiás, que está sendo cobrado sobre o preço fixo no litro da gasolina comum, é de R$ 6,5553; do óleo diesel chega a R$ 4,9876; do gás de cozinha totaliza R$ 8,0400 o quilo e do etanol hidratado corresponde a R$ 4,7720. Os preços dos combustíveis tomados como base para o congelamento estão fixados bem abaixo dos preços de mercado praticados nas bombas de gasolina em Goiás.

“Goiás abre mão de receita para auxiliar o cidadão. Vamos continuar mantendo essa posição”, defende Caiado mesmo com a queda de R$ 40 milhões mensais com o congelamento. O posicionamento dele é o mesmo do ano passado, quando insistiu na suspensão do ICMS, o que ocorreu a partir de novembro.

O consenso entre os chefes do Executivo estaduais no encontro realizado no Fórum de Governadores nesta terça (22) é a de que o problema não é o ICMS. Segundo eles, se isso fizesse sentido, o País não teria a gasolina chegando a R$8 em algumas capitais. A culpa seria do dólar em alta e da guerra ente Rússia e Ucrânia.

Mobilização

Na esfera federal, o presidente Jair Bolsonaro tem se esforçado para tentar minimizar a situação.  A partir desta quarta (23) começa a valer a alíquota zero para o álcool misturado à gasolina e para o vendido separadamente, além incidir sobre café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja.

O tema tem sido motivo de irritação para o pré-candidato à reeleição que critica e tenta influenciar o alinhamento do preço de paridade de importação (PPI) fazendo com que o preço da gasolina no Brasil sofra com as oscilações do barril, cotado em dólar.

Negociações têm ocorrido para que comece a valer a cobrança única de imposto ao óleo diesel pelo produtor ou pelo importador contrapondo ao modelo atual no qual vários agentes da cadeia produtiva fazem o pagamento. O martelo sobre o assunto deve ser batido na próxima quinta (24) durante reunião do Comitê Nacional de Secretário da Fazenda.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Reajuste do salário mínimo 2025: Valor e vigência revelados

Reajuste do Salário Mínimo 2025: Valor e Vigência Revelados!

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a publicar um decreto presidencial nos próximos dias para definir o novo valor do salário mínimo para 2025. De acordo com interlocutores do governo, o salário mínimo deve subir de R$ 1.412 para R$ 1.518 no ano que vem.

Este aumento representa um acréscimo de R$ 106, equivalente a um aumento de 7,5% em relação ao salário mínimo atual. A correção entrará em vigor a partir de janeiro de 2025, com o pagamento efetivo ocorrendo em fevereiro do mesmo ano.

A nova fórmula de cálculo do salário mínimo, aprovada pelo Legislativo, considera a inflação (INPC) calculada em doze meses até novembro, que foi de 4,84%, mais o crescimento do PIB de dois anos atrás, limitado a 2,5%.

No ano de 2023, o PIB avançou 3,2%, mas devido à limitação, será utilizado o teto de 2,5%. Se o valor fosse calculado pela fórmula anterior, o salário mínimo subiria para R$ 1.528, considerando a inflação e o crescimento do PIB sem a limitação de 2,5%.

No entanto, com a nova fórmula, o valor arredondado será de R$ 1.518, resultando em uma perda de R$ 10 mensalmente para os trabalhadores, aposentados e pensionistas em 2025.

O valor oficial do salário mínimo para 2025 só será confirmado com a publicação do decreto presidencial, prevista para ocorrer até o fim do ano.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp