Com apoio do Governo de Goiás, startups goianas terão acesso a mais de R$ 5 milhões

Startups goianas terão acesso a mais de R$ 5 milhões em investimentos por meio do Fundo Govtech. O anúncio foi feito nesta quarta-feira ,22, durante evento promovido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), em parceria com Hub Goiás e GoiásFomento, com o objetivo de mostrar a startups e empresas de base tecnológica sediadas no estado o caminho para obter investimentos e possibilidades de negócios com o setor público.

Iniciativa da Cedro Capital e KPTL – Venture Capital, o Fundo Govtech é um fundo nacional que assinou carta de intenções com o Governo de Goiás, via Secti, para gerar oportunidades de investimentos em empresas de base tecnológica sediadas no estado, em especial empresas que desenvolvem soluções inovadoras voltadas para a modernização e transformação digital de serviços públicos, as chamadas govtechs, especialmente as que participam dos programas de inovação, aceleração e empreendedorismo do ecossistema goiano.

“Esse anúncio de, no mínimo, R$ 5 milhões em investimentos em Goiás mostra a força que o estado tem no campo das govtechs, que são empresas inovadoras que vão ajudar o governo a resolver grande parte de seus desafios, além do potencial que os fundos de investimento têm visto em Goiás. Isso revela que o trabalho do governo do estado, por meio da Secti e do Hub Goiás, está no rumo certo”, afirma o titular da Secti, José Frederico Lyra Netto.

Sócio-diretor da Cedro Capital, Bruno Britto relata que o objetivo do Fundo Govtech é investir nas soluções para problemas de natureza pública. “Estamos nos comprometendo a alocar recursos em empresas goianas que atuem nesta área. Nosso fundo é projetado para ter R$ 200 milhões com atuação nacional, e o valor de R$ 5 milhões para Goiás, a depender das oportunidades que surgirem, pode ser superado”.

Fomento

A atração de investimentos para a área de govtechs faz parte da estratégia do Governo de Goiás de fomentar a participação de startups na solução de problemas do serviço público. Em 2023, Secti e Hub Goiás lançaram a primeira etapa do programa Govtech, que selecionou 12 startups para solucionar desafios das secretarias de Administração (Sead), Educação (Seduc) e Saúde (SES), como o uso de inteligência artificial para prever possíveis surtos de dengue, evitar evasão escolar e tornar mais efetiva a fiscalização de contratos.

A segunda etapa do programa, voltado para os serviços estaduais, está prevista para este ano. No início de maio, a Secti também lançou o programa e-Goiás, que visa auxiliar os municípios no processo de transformação digital. Um dos eixos do programa prevê a atração de govtechs para resolver desafios dos serviços públicos municipais.

Os dois programas são operacionalizados pelo Hub Goiás, o primeiro centro de excelência público em empreendedorismo inovador do Centro-Oeste ligado à Secti. “O governo de Goiás tem investido massivamente no ecossistema de inovação do estado e o Hub Goiás é o facilitador desse processo para as startups”, disse Heraldo Ourem, diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digital, instituição que gere o Hub Goiás. No evento desta quarta-feira, também foram detalhadas as possibilidades de crédito oferecidas pela GoiásFomento, com juros de até 4,2% ao ano.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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