Com baixo estoque de leite humano, HMI faz apelo para mães que estão amamentando

Com o Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Estadual Materno Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI) abaixo do estoque ideal, a unidade tem pedido a mães que estejam amamentando que doem leite. Os refrigeradores do HMI contam com apenas 100 litros de leite. No entanto, para garantir com segurança, a alimentação de bebês recém-nascidos prematuros, ou que precisam ganhar peso, internados na unidade de saúde da capital, seriam necessários cerca de 300 litros. Buscando aumentar o estoque, a coordenadora do BLH, Renata Leles, faz um apelo.

“Quem estiver com excedente de leite e puder doar que nos procure. Não precisa nem sair de casa, nós buscamos esse leite. Precisamos aumentar os estoques, devido à grande demanda de recém-nascidos prematuros, com baixo peso ou que por algum motivo ainda não estão aptos a serem amamentados diretamente no seio materno, internados na unidade”, avalia a coordenadora.

Ainda de acordo com Renata, para realizar as doações, as mães precisam seguir algumas exigências como apresentar exame de pré-natal que comprove ausência de doenças infecto-contagiosas, não podem ser fumantes, usuárias de drogas ou de bebidas alcoólicas. Além disso, a doadora não pode ter recebido sangue nos últimos seis meses, e não pode fazer uso de medicamentos que contenham restrições à amamentação e consequentemente à doação.

Freezer praticamente vazio / Foto: HMI

Doação

As mães interessadas em doar leite materno podem enviar mensagem para o número (62) 3956-2921 que possuí Whatsapp. A coleta é realizada em domicílio pelos profissionais do BLH com o apoio do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás, que disponibiliza o veículo e pessoal. As profissionais vão até as residências das doadoras e, além de coletar o leite, fazem um trabalho de orientação às mães.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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