Com Caiado, Goiás avança uma posição no Ranking de Competitividade 2020

Goiás avançou uma colocação no Ranking de Competitividade dos Estados em 2020. Relatório divulgado nesta quinta-feira (17/09), pelo Centro de Liderança Pública (CLP), mostra o Estado com média de 47,2 e na 12ª posição numa escala que abrange todas as 27 unidades federativas. A melhora do cenário goiano em relação ao ano passado teve como destaque a reação na infraestrutura, potencial de mercado e inovação.

Divulgado anualmente desde 2011, o ranking analisa 68 indicadores considerados essenciais para a promoção da competitividade no âmbito da gestão pública. Eles são distribuídos em 10 pilares temáticos: infraestrutura, sustentabilidade social, segurança pública, educação, solidez fiscal, eficiência da máquina pública, capital humano, sustentabilidade ambiental, potencial de mercado e inovação.

No relatório, entre os destaques regionais de Goiás está o pilar potencial de mercado. Nessa área, a nota goiana é 37,6, pontuação acima inclusive da média nacional: 35,9. Nesse cenário, o Estado avançou cinco posições em relação a 2019, ficando em 11º lugar. Os dados consideram o tamanho e a dinâmica do Produto Interno Bruto (PIB) de cada Estado, e ainda o crescimento potencial da força de trabalho.

As estratégias econômicas adotadas pelo Governo de Goiás incluem a atração de grandes e médios investimentos associados à melhoria na infraestrutura, a ampliação e requalificação dos modais de transporte, com ênfase para o ferroviário, e internacionalização do aeroporto de Goiânia.

Outra iniciativa foi o estabelecimento de políticas de incentivos fiscais mais vantajosas para regiões de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e financiamentos pelo Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO).

Já na infraestrutura, Goiás saltou da 22ª posição no ranking, no ano passado, para a 17ª em 2020. A nota local alcançada nesse quesito, de 38,6, é a maior dos últimos três anos, segundo estatística do próprio CLP. Foram dados pesos maiores aos indicadores de qualidade das rodovias, e Goiás atingiu a nota 3,4 na pontuação, alcançando a sétima melhor marca neste quesito. Em relação à qualidade das rodovias, o Estado subiu nove posições em relação ao ano anterior.

A Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) atribui a melhoria do desempenho às medidas adotadas, como o rigor na gestão dos contratos, a otimização da utilização dos recursos financeiros, o foco na manutenção da malha rodoviária estadual e, ainda, os investimentos em implantação e restauração de rodovias estratégicas.

No campo da inovação, o Estado ganhou três colocações e ficou em 20º. A nota atual nesse pilar é 24,6, cenário bem diferente das edições anteriores: 16,6 em 2019, 12,6 em 2018, e 11,7 em 2017.

A subida no ranking nesse pilar é reflexo das ações que o Governo de Goiás desenvolve, por meio da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação (Sedi). Entre os exemplos está a realização da Campus Party. Também contribui o fato de Goiás ter hoje mais de 100 startups ativas e o Estado ser o segundo maior polo de inovação do Centro-Oeste.

Além disso, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), jurisdicionada à Sedi, também fomenta a ciência, a tecnologia e a inovação no Estado, com o financiamento de trabalhos nessas áreas e o incentivo à capacitação de recursos humanos, por meio de bolsas em diversos níveis de formação, e realização de parcerias com órgãos de fomento à pesquisa e com entidades científicas de todo o mundo.

Destaques
Entre os 10 pilares temáticos avaliados para a construção do relatório, a sustentabilidade ambiental representa o melhor índice local, já que coloca Goiás em quinto lugar. A nota é de 74,0, enquanto a média do Brasil é de apenas 54,8.

Ainda assim, em comparação ao ano passado, Goiás registrou queda de uma posição nesse pilar. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) acredita que o recuo no ranking tenha se dado boa parte em função do aumento do número de focos de incêndio que ocorreu no ano passado. Esclarece, porém, que há uma ação do Estado de Goiás para realizar a prevenção, especialmente nas unidades de conservação. Em 2020, por exemplo, já houve grande ampliação desta proteção.

Em sustentabilidade social o Estado ficou com a 11ª posição, com nota 64,7. A média nacional é 47,1. Esse quesito avalia tudo o que a atual gestão estadual vem trabalhando para erradicar, como a desigualdade de renda, a inadequação de moradia, falta de acesso a saneamento básico, entre outros. Tal trabalho é promovido via Gabinete de Políticas Sociais, comandado pela primeira-dama Gracinha Caiado, com foco nos municípios mais vulneráveis.

Na educação, o Estado ficou em oitavo lugar. Nesse caso, também está acima da média nacional: 59,6, ante 43,1. A nota é uma somatória de fatores, como avaliação da educação, o índice de oportunidades e a taxa de frequência dos alunos.

Nesta semana, a educação goiana conquistou mais um reconhecimento por atingir a maior nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na avaliação do ensino médio, com 4,8, patamar superior ao registrado nacionalmente, de 4,2. Também foi a única unidade da Federação a bater a meta individual estipulada para 2019.

Avanços

As ações do governo de Goiás deixam a economia do Estado mais dinâmica, o que já provocou a chegada de novos investimentos e a perspectiva de um ciclo virtuoso de desenvolvimento.

Na indústria, Goiás apresentou números positivos nos três últimos levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): crescimento de 2,5% (julho), 2,3% (junho) e 1,4% (maio).

Goiás também passou a ocupar o primeiro lugar do Brasil no que diz respeito ao tempo para abertura de uma empresa. De acordo com dados do segundo quadrimestre de 2020 do Mapa de Empresa, o prazo para criação de empreendimento no Estado é de 1 dia e 1 hora, queda de 11 horas (30,6%) em relação ao primeiro quadrimestre deste ano.

O Governo de Goiás destaca, ainda, que busca desde o início da gestão a melhoria das condições financeiras para o Estado. Resultados desse trabalho já são colhidos. Exemplo recente foi o Relatório da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Economia, que mostra que Goiás foi o Estado com maior redução de despesas no País, em 2020. De janeiro a junho, a queda nos gastos públicos alcançou 8% em comparação ao mesmo período do ano passado, apesar de todos os recursos investidos no enfrentamento à pandemia de Covid-19, desde março último.

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Jovem baleada por PRF na véspera de Natal tem estado de saúde atualizado

Jovem Baleada por PRF na Véspera de Natal: Estado de Saúde Atualizado

O Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes atualizou o estado de saúde de Juliana Leite Rangel, baleada por um PRF na véspera de natal. Em entrevista ao Globonews, o médico Maurício Mansur, responsável pelos cuidados com a vítima, informou que o caso é “extremamente grave” e que ela está “estável”.

“É importante lembrar que se trata de um caso grave e que, neste momento, não é possível falar sobre sequelas ou qualquer outra consequência. Estamos, na verdade, focados em um tratamento para salvar a vida dela.”, disse o médico.

A jovem está em coma induzido no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do hospital, no Rio de Janeiro. Segundo a equipe médica, o tiro pegou de raspão próximo à orelha esquerda, o que causou lesões no crânio da vítima e grande perda de sangue.

O médico também informou que a família de Juliana solicitou a transferência da paciente para um hospital particular, mas o pedido foi negado por ele devido a riscos à saúde dela.

Entenda o caso

De acordo com relatos, a jovem estava em um veículo quando os agentes da Polícia Rodoviária Federal realizaram a abordagem. A vítima estava indo passar a véspera de natal com a família em Niterói e estava acompanha da mãe, do pai e do irmão mais novo. Além dela, o pai também foi baleado de raspão no dedo.

“Olhei pelo retrovisor, vi o carro da polícia e até dei seta para eles passarem, mas eles não ultrapassaram. Aí começaram a atirar, e falei para os meus filhos deitarem no assoalho do carro. Eu também me abaixei, sem enxergar nada à frente, e fui tentando encostar. O primeiro tiro acertou nela. Quando paramos, pedi para o meu filho descer do carro, então olhei para Juliana: ela estava desacordada, toda ensanguentada, tinha perdido muito sangue. Eles chegaram atirando como se eu fosse um bandido. Foram mais de 30 tiros”, falou o pai da jovem.

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal e o caso foi condenado pelo superintendente da PRF no Rio de Janeiro, Vitor Almada, que relatou que os agentes se aproximaram do veículo após ouvirem tiros e deduziram que vinha do veículo, descobrindo depois que havia cometido um grave erro.

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