Com criação de quase 73 mil novos postos de trabalho em 2024, Goiás é líder na geração de empregos no Centro-Oeste

Goiás criou 72.959 novos postos de trabalho de janeiro a julho de 2024, reflexo de 608.616 admissões e 535.791 desligamentos. Em relação ao mesmo período de 2023, houve um aumento de 15%, 9.531 empregos a mais em números absolutos.

Com isso, o estado é líder por uma ampla margem na geração de empregos no Centro-Oeste, seguido por Mato Grosso (47.580), Distrito Federal (30.662) e Mato Grosso do Sul (22.092). No ranking nacional, Goiás está em sexto lugar. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), nesta quarta-feira (28/8).

“A indústria, o comércio e os serviços têm consolidado Goiás como líder na geração de empregos na região Centro-Oeste, reafirmando nosso compromisso com o crescimento econômico e a qualidade de vida para nossa população”, comemora o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Em 2024, o principal destaque é o setor de serviços, que empregou 27.059 pessoas, correspondendo a 37% de todos os novos postos de trabalho. Em seguida, vem a indústria, com 14.546 vagas, o ramo de construção (13.341), agropecuária (11.094) e comércio (6.787). Juntos, os setores de indústria, serviços e comércio representam uma parcela de 66,3% de todas as vagas criadas ao longo do ano.

Março foi o período mais abundante, ao marcar um saldo positivo de 15.718 empregos gerados unicamente ao longo daquele mês, acompanhado por janeiro (14.130), fevereiro (13.722), abril (13.491), junho (8.605), julho (5.541) e maio (1.752).

Brasil

O mercado formal brasileiro apresentou em julho um saldo de 188.021 postos de trabalho, reflexo de 2.187.633 admissões e 1.999.612 desligamentos, acumulando no ano um saldo de 1.492.214 postos de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, agosto de 2023 a julho de 2024, foram gerados no país um total de 1.776.677 empregos, resultado 13% maior que o saldo observado no período de agosto de 2022 a julho de 2023, quando foram gerados 1.572.564 postos de trabalho.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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