Com Data Base, Caiado abre caminho para recomposição salarial de servidores

Com o pagamento da Data Base para todos os servidores do estado, algo que não acontecia desde 2016 em Goiás, o governador Ronaldo Caiado (UNIÃO)  abre caminho para a construção da completa recomposição salarial dos servidores do estado. Em entrevista coletiva, o governador afirmou que com as dívidas renegociadas, ano a ano, Goiás terá condições conceder novos reajustes e recompor as perdas.

 

“O mais importante nesse processo foi a abertura de um canal de diálogo com os sindicatos, de forma transparente, onde todos os dados financeiros do estado foram colocados à mesa”, afirmou. “Estabelecemos um modelo, que o estado deverá seguir nos próximos anos”, ressaltou.

 

Em função da eleição, que ocorrerá este ano, Caiado evitou falar de proposta para o ano que vem, mas disse que, sendo reeleito, o estado continuará honrando o compromisso com os servidores. Caiado anunciou reajuste de 10,16% a todos os servidores, índice maior que outros estados e do que o oferecido, por exemplo, pelas prefeituras de Goiânia e Aparecida.

 

Há duas semanas, o governador havia anunciado ainda que Goiás irá pagar o novo piso salarial aos professores. “Nenhum professor da rede estadual vai receber menos do que o piso nacional da categoria”, assegurou. O novo valor do piso para 2022 será de R$ 3.845,63.

 

Ao todo, 26.295 mil professores, sendo 16.278 da ativa e 10.027 aposentados, terão salários no valor do novo piso salarial profissional nacional do magistério público da Educação Básica. Conforme a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, que instituiu o piso para os professores de todo o país, esse valor de R$ 3.845,63, corresponde à carga horária de 40 horas.

 

Nesta gestão, o Governo de Goiás já tinha pago outras duas recomposições. No primeiro, professores efetivos P1 e P2 do quadro permanente e professores assistentes do quadro transitório tiveram reajuste de salários de 12,84%. Os docentes em contrato temporários tiveram seus salários reajustados em 64,61%, um aumento histórico.

 

Outra recomposição contemplou professores P1, P2, do quadro transitório e em contratos temporários com um aumento de 4,52%. Os docentes P3 e P4 e os servidores administrativos efetivos e em contrato temporário tiveram reajuste salarial de 7,20%, a partir de outubro de 2021.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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