Com elogios a Caiado, Bolsonaro assina regime de recuperação fiscal de Goiás

Caiado e Bolsonaro na assinatura do RRF

O governador Ronaldo Caiado (DEM) acompanhou nesta sexta-feira (24), em Brasília, a assinatura do presidente Jair Bolsonaro (PL) no documento que autoriza o estado de Goiás participar do Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Bolsonaro elogiou o trabalho de Caiado para que Goiás participasse do RRF e disse que o governador sabia, de fato, o que o estado precisava.

“Eu acabei de homologar agora o plano de Recuperação Fiscal do Estado de Goiás. Isso vai dar previsibilidade ao Estado. O governo trabalhou de forma bastante objetiva nessa questão entendendo os problemas de Goiás e atendendo ao governador porque é ele quem sabe realmente, de fato, dos problemas que o estado passa. Elogio o governador por essa iniciativa e o estado passa a ter mais meios para melhor atender a população”, disse, Bolsonaro, durante a coletiva de imprensa.

Presidente Jair Bolsonaro e governador Ronaldo Caiado, em Brasília, na assinatura do Regime de Recuperação Fiscal de Goiás. (Foto: Assessoria do governador Ronaldo Caiado)
Presidente Jair Bolsonaro e governador Ronaldo Caiado, em Brasília, na assinatura do Regime de Recuperação Fiscal de Goiás. (Foto: Assessoria do governador Ronaldo Caiado)

O RRF é um instrumento permite que o estado de Goiás possa equilibrar suas contas, que desde 2010 sofre com o desequilíbrio fiscal, ficando, dessa forma, por 18 meses suspenso da dívida pública e possibilitando a reestruturação desse saldo devedor com melhores condições de taxas de juros e prazos futuramente. O regime já começa a valer a partir de 1° de janeiro de 2022.

O governador Ronaldo Caiado, durante seu discurso, relembrou da sua luta, desde o início do seu mandato, para que Goiás fosse incluído no RRF e disse que esse é o “Maior presente que podia ser dado aos 7,2 milhões de goianos”. Caiado afirma ainda que “A partir de agora, o estado de Goiás tem uma previsibilidade e sabe como administrar o seu dinheiro. Isso é equilíbrio fiscal. Isso que o presidente assina hoje é a previsibilidade das pessoas terem ali seus salários, suas aposentadorias, progressão, promoção, ocupação também com novos editais para novos concursos públicos e, além do mais, reajuste sim dentro daquela capacidade específica do governo. Quanto mais o governo for se recuperando do quadro fiscal, reajustes também serão dados”, afirma.

Estiveram presentes, além do governador e do presidente, o deputado federal Major Vitor Hugo (PL), o senador Luiz do Carmo (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), deputado Lissauer Vieira (PSB), os deputados federais José Nelto (Podemos), Magda Mofatto (PL), Francisco Júnior (PSD) e José Mario Schreiner (DEM), e a ministra-chefe da Secretaria de Governo, Flávia Arruda.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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