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Consumidores de Goiânia começam a sentir alta nos preços dos combustíveis

Última atualização 08/11/2022 | 09:38

Nos últimos dias, o preço do combustível vem subindo em Goiânia e em diferentes municípios do estado. De acordo com o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto Goiás), Márcio Andrade, é difícil fazer uma previsão exata de como se dará a situação até o final do ano. No entanto, a expectativa é de que os valores continuem subindo.

O preço do combustível em Goiás

Em Goiânia, o preço do etanol já vem mostrando crescimento nos postos de combustível. Na quarta-feira, 2, o litro estava custando R$ 3,19 no local mais barato, em dados coletados no aplicativo Eon. Já nesta quinta, 3, o valor subiu para R$ 3,24.

Apesar dos bloqueios de caminhoneiros bolsonaristas estarem afetando a distribuição de produtos no País, Márcio Andrade não acredita que estão sendo peças-chave no aumento do combustível em território nacional.

“Reajuste no etanol não acredito que tenha vinculação a essas manifestações dos caminhoneiros. A razão é o aumento mesmo de custo nas distribuidoras, pelo menos até onde eu tenho conhecimento. Isso vem acontecendo de forma individual, com cada posto fazendo seus preços, como deve ser, e com certeza isso está acontecendo não só em Goiás, mas no Brasil todo”, analisa, ao Diário do Estado (DE).

Segundo ele, os relatórios da Agência Nacional de Petróleo vêm registrando altas no combustível ao longo das últimas semanas, quando o pleito entre Bolsonaro (PL) e Lula (PT) ainda estava em andamento. Por causas desse crescimento dos preços nas usinas, as distribuidoras passam para os postos um valor mais alto, chegando até o bolso do consumidor.

“Neste momento, a expectativa é de aumento em função da diferença de preços da Petrobras com relação ao mercado internacional, mas isso varia constantemente. Já esteve maior, antes do feriado, e hoje parece que está mais próximo o preço”, comenta Márcio Andrade.

O presidente do Sindiposto também acrescentou que, além da Petrobras, que depende do mercado internacional, a cotação do dólar e o custo do próprio combustível podem afetar o preço do etanol e da gasolina. Por haver fatores que estão fora de controle dos órgãos competentes, é difícil fazer previsões de como a situação ficará nos próximos meses.

“É difícil fazer previsão futura, e ainda temos a questão dos impostos federais que foram zerados até 31 de dezembro. Não sabemos qual será a postura do presidente eleito. Se vai manter a isenção ou se vai voltar a cobrar impostos a partir de 1º de janeiro”, conclui.

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