Com gestão recorde em desmatamento, Bolsonaro palestrará sobre meio ambiente

O ex-presidente Jair Bolsonaro será um dos palestrantes sobre meio ambiente nos Estados Unidos. A participação está agendada para 30 de março. A empresa que o convidou chamada Geoflorestas integrou o governo com um projeto de atração de recursos para custear a conservação dos parques nacionais. Durante a gestão dele, o desmatamento da Amazônia e o avanço de garimpeiros em terras indígenas foram denunciados por ambientalistas e cientistas. 

 

Em 2020, a divulgação de uma reunião ministerial registrou o ex-ministro do meio ambiente da gestão Bolsonaro, Ricardo Salles, informando aos colegas que o momento de pandemia era o ideal para “passar a boiada” e desmontar o sistema de proteção ambiental brasileiro. O então titular da pasta e o ex-presidente sempre negaram os dados estatísticos que comprovaram perda florestal na Amazônia para outras atividades econômicas e dificultou a aplicação de multas a infratores pelo  Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aumentando a burocracia das autuações. 

 

Ele tem trabalhado como palestrante para empresários norte-americanos desde fevereiro, quando apoiadores brasileiros organizaram as aparições que renderiam cerca de US$ 10 mil cada uma. Um dos eventos em que Bolsonaro foi palestrante teve organização da empresa de um homem suspeito de ter financiado a invasão ao Capitólio no governo de Donald Trump para impedir a diplomação de Joe Biden, em janeiro de 2021. A nova fonte de renda de Bolsonaro seria necessária para custear a estadia de Bolsonaro e da família no exterior. Oficialmente, os rendimentos mensais dele são uma aposentadoria como deputado federal  (R$ 46,4 mil) e o salário como capitão reformado do Exército (R$ 12 mil). Ao todo, são cerca de 58,4 mil por mês.

 

A data do seminário sinaliza que o retorno do ex-presidente ao Brasil será adiada. O filho dele, o senador Flávio Bolsonaro, postou recentemente que o desembarque do político ao País seria em 15 de março, mas apagou o texto logo em seguida. Nesta semana, a Polícia Federal deu a entender que pretende aguardar o regresso de Jair somente até abril. Os investigadores do caso das joias de R$ 16 milhões dadas de presente à ex-primeira dama Michele pelo governo saudita estudam apontar a viagem aos Estados Unidos como “evasão do distrito da culpa”. Na manhã desta terça-feira, a esposa de Bolsonaro foi vista no Aeroporto de Brasília embarcando para rever o marido.

 

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Piloto de F1 Yuki Tsunoda fica detido na imigração dos EUA por três horas e quase perde o GP de Las Vegas

Yuki Tsunoda, piloto da equipe RB na Fórmula 1, enfrentou um imprevisto bastante inusitado antes de participar do GP de Las Vegas neste fim de semana. O japonês foi detido na imigração dos Estados Unidos por cerca de três horas, correndo o risco de ser mandado de volta ao Japão e perder a corrida. O motivo? O agente da imigração não acreditou que ele fosse um piloto de F1, pois estava de pijama.

Tsunoda, que já havia estado nos EUA recentemente para o GP de Austin, no Texas, e para o de Miami em maio, explicou que não compreendeu o motivo da parada, já que estava com toda a documentação correta. “Estava de pijama, então talvez eu não parecesse um piloto de F1. Durante a conversa, até me perguntaram sobre o meu salário, o que foi desconfortável. Eu não conseguia dizer nada e senti muita pressão”, comentou o piloto.

O japonês revelou que, mesmo com a documentação adequada e o visto, não foi permitido que ele ligasse para sua equipe ou para a Fórmula 1 para esclarecer a situação. “Eu queria ligar para a equipe ou para a F1, mas na sala da imigração não podia fazer nada”, explicou. Felizmente, a situação foi resolvida após intensas conversas, e Tsunoda conseguiu entrar no país a tempo de disputar o GP.

Este episódio ilustra os desafios que os pilotos enfrentam com a imigração nos Estados Unidos, especialmente desde que a Fórmula 1 passou a ter mais de um evento no país a partir de 2022. Com isso, casos envolvendo contestação de vistos e documentação começaram a se tornar mais frequentes, colocando em risco a participação dos competidores em corridas como o GP de Las Vegas. Tsunoda, no entanto, destacou que a experiência ficou para trás e agora está focado na disputa da corrida.

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