Com greve na Argentina, Latam e Gol cancelam voos para país vizinho

Empresas oferecem reajuste de 12%, enquanto defasagem salarial está em cerca de 70%, de acordo com associação da categoria

Com greve na Argentina, Latam e Gol cancelam voos para país vizinho

As empresas aéreas brasileiras Latam e Gol cancelaram os voos para à Argentina que seriam realizados nesta quarta-feira, 28, por causa da greve de trabalhadores aeroportuários no país vizinho. As companhias informaram que os passageiros prejudicados poderão remarcar os voos para outras datas, sem custos adicionais.

De acordo com a Gol, a paralisação dos trabalhadores argentinos afeta os aeroportos de Buenos Aires, Córdoba e Rosário, que receberiam voos da empresa hoje.

“Todos os clientes terão seus voos remarcados para outras datas e poderão realizar a alteração sem custos, de acordo com a vontade de cada passageiro. Clientes com bilhetes marcados para esta data estão recebendo comunicação por e-mail e SMS, de acordo com os dados informados no ato da compra, já podendo realizar a autogestão de seus bilhetes nos canais digitais da GOL”, informou a companhia.

Para quem adquiriu bilhetes por meio de agências de viagem, a Gol diz para procurar diretamente os representantes dessas agências.

A Latam explicou que o cancelamento foi necessário porque os trabalhadores em greve são responsáveis “pela transferência de passageiros e suas bagagens das estações das companhias aéreas para as aeronaves e vice-versa, entre outras tarefas”.

A companhia informou que o reagendamento da viagem pode ser feito para até um ano depois do primeiro voo, “respeitando a origem e o destino do itinerário”. Além disso, a Latam ofereceu aos clientes a possibilidade de reembolso dos valores gastos. “Os reembolsos se aplicam sem ônus e para todos os cupons de bilhetes não utilizados”, acrescentou.

Greve e inflação

Os trabalhadores da empresa argentina Intercargo, responsáveis pela infraestrutura de aeroportos, e da companhia aérea Aerolíneas Argentina fazem greve nesta quarta-feira por motivos salariais. A Aerolíneas informou que cancelou 331 voos no dia de hoje, o que teria afetado cerca de 24 mil passageiros.

De acordo com a Associação do Pessoal Aeronáutico (APA), que representa uma das categorias em greve, as empresas ofereceram um reajuste de 12%, enquanto a defasagem salarial estaria em cerca de 70%.

A Argentina tem enfrentado altas taxas de inflação nos últimos anos, registrando aumento de 20,6% nos preços ao consumidor em janeiro deste ano. No acumulado dos últimos 12 meses, nossos vizinhos enfrentam variação de preços de 254%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos da Argentina (Indec).

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Empresas que mais receberam benefícios fiscais pelo Perse em 2024

O Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado para impulsionar a recuperação de empresas afetadas pela pandemia de Covid-19, concedeu R$ 9,7 bilhões em incentivos fiscais até 2024. Aproximadamente 15 mil empresas foram beneficiadas neste ano, com destaque para o iFood, que lidera a lista com R$ 336 milhões em incentivos.

Na sequência, aparecem a Azul Linhas Aéreas, com R$ 303 milhões, e a Enotel Hotels & Resorts, que recebeu R$ 171 milhões. Outras empresas de destaque incluem a Atlântica Hotels e a Airbnb, além de negócios pertencentes a celebridades como Gusttavo Lima (R$ 18 milhões), Felipe Neto (R$ 14 milhões) e Ana Castela (R$ 9 milhões).

Top 10 empresas mais beneficiadas pelo Perse

  1. iFood: R$ 336,1 milhões
  2. Azul Linhas Aéreas: R$ 303,7 milhões
  3. Enotel Hotels & Resorts: R$ 171,5 milhões
  4. Atlântica Hotels International: R$ 104,8 milhões
  5. Vila Galé Brasil: R$ 84,1 milhões
  6. Airbnb: R$ 82,1 milhões
  7. MSC Cruzeiros do Brasil: R$ 71,1 milhões
  8. Madero: R$ 69,4 milhões
  9. J.B. World Entretenimentos: R$ 67,7 milhões
  10. Informa Markets: R$ 61,5 milhões

O Perse oferece incentivos como a redução a 0% das alíquotas de tributos como PIS/Pasep, Cofins, CSLL e IRPJ, visando aliviar a carga tributária de empresas do setor de eventos. O teto para incentivos fiscais no programa é de R$ 15 bilhões, sendo que quase dois terços já foram utilizados em 2024.

Impacto no setor de eventos
Lançado para apoiar um dos setores mais atingidos pela crise pandêmica, o Perse busca estimular a recuperação econômica de empresas de turismo, hotelaria, entretenimento e alimentação. Entre os beneficiados estão grandes redes hoteleiras, companhias aéreas, plataformas digitais e estabelecimentos de alimentação.

Embora os dados demonstrem uma ampla distribuição de recursos, o impacto efetivo do programa continua a ser monitorado, enquanto o governo avalia ajustes para alcançar empresas de pequeno porte e setores mais vulneráveis.

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