Com intensificação do lockdown em São Paulo, Eduardo Bolsonaro dispara: “Ditadória!”

Nesta terça-feira, 03, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), decretou o retorno da “fase vermelha” por duas semanas no estado, que é o mais populoso do país, com 44,9 milhões de habitantes em 2021, segundo a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados.

A nova fase começará no sábado, a partir da meia noite, e terminará em 19 de março. Na cor vermelha, funcionam apenas setores como os de saúde, transporte, imprensa, mercados, farmácias, escolas e atividades religiosas. Além do mais, a gestão de São Paulo antecipou para as 20h o início do chamado “toque de restrição”.

“Quem não precisa circular, precisa ficar em casa entre 20h e 5h da manhã”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen. Diante disso, o deputado federal eleito por São Paulo, Eduardo Bolsonaro, que também é filho do presidente da República, usou as redes sociais para criticar a medida do governador de São Paulo.

Ditadória declara lockdown severo em todas as cidades do estado e segue com o plano para destruir São Paulo”, diz a imagem postada pelo político de direita nas redes sociais, que ainda escreveu na legenda: “E no final já sabemos quem ele (Dória) irá culpar, né?”, referindo-se provavelmente a seu pai, Jair Bolsonaro.

Veja:

Imagem: Adriano Machado/Reuters

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos