Com limitação de público, Planetário da UFG retoma atividades exclusivamente para escolas

Após dois anos e meio com atividades suspensas, o Planetário da Universidade Federal de Goiás (UFG) reabre as portas ao público. O retorno ocorre com limitação de 80 pessoas por apresentação e somente para escolas. A restrição ocorre devido ao alto risco de transmissão do coronavírus na cúpula totalmente fechada e sem renovação do ar onde ocorrem as projeções do sistema solar que visam popularizar o conhecimento em astronomia.

A direção do local optou por retomar o trabalho após considerar as estatísticas de imunização registradas em Goiás, que apontam mais de 80% da população com ao menos uma dose de vacina contra covid. As sessões públicas aos domingos seguem suspensas sem previsão de retorno.

Ao todo, o espaço tem seis programas de exibição liberados para visitas às terças o dia todo, quartas-feiras à tarde e sextas-feiras pela manhã. Os alunos de turmas escolares já imunizadas que participarem das sessões deverão usar máscara facial. Os ingressos custam R$8 a inteira e R$4 a meia. O agendamento de um colégio por período e também por horário pode ser feito  de segunda a sexta-feira, das 8h as 17h, através do telefone (62) 3225.8085 ou pelo email [email protected]

O projetor Zeiss Spacemaster situado ao centro da sala de projeções é o mais antigo em funcionamento no Brasil e foi o terceiro a ser inaugurado no país. Há cerca de 60 planetários fixos e 50 planetários móveis no Brasil, sendo muitos deles filiados à Associação Brasileira de Planetários (ABP), cuja sede é no Planetário da UFG.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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