Com mansão de R$ 16 mi e 200 carros, Alexandre Pires é alvo por lavagem de dinheiro

Com mansão de R$ 16 mi e 200 carros, Alexandre Pires é alvo da PF por lavagem de dinheiro

Com mansão avaliada em R$ 16 milhões e 200 veículos na garagem, o cantor Alexandre Pires virou alvo de investigações da Polícia Federal (PF) nesta segunda-feira, 4. A PF realizou um mandado de busca e apreensão contra o artista no âmbito das investigações para desarticular um esquema de financiamento e logística ao garimpo ilegal na terra Indígena Ianomâmi. 

De acordo com as investigações, a PF aponta que o cantor pode ter recebido, ao menos, R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. As investigações são realizadas dentro da Operação Disco de Ouro e já foram cumpridos os mandados expedidos pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Roraima e, também, de São Paulo e Santos (SP), Santarém/PA, Uberlândia/MG e Itapema/SC. 

Ainda de acordo com a PF, a operação é um desdobramento de uma ação que foi deflagrada, em janeiro de 2022, e foram encontradas 30 toneladas de cassiterita extraídas da Terra Indígena Yanomami na sede de uma empresa investigada, que estariam sendo preparadas para remessa ao exterior.

Para despistar a ilegalidade da extração do minério, o inquérito policial indica que o esquema falsificava a origem da cassiterita, declarando que seria um garimpo regular no Rio Tapajós, no município de Itaituba, no estado do Pará. A PF identificou também transações financeiras relacionadas à toda cadeia de produção do esquema. 

Portanto, a referida operação investiga, também, o crime de lavagem de dinheiro e chegou a Alexandre Pires, quando as movimentações financeiras de uma mineradora investigada foram rastreadas e, entre algumas contas bancárias, está uma do cantor. A PF informou que as investigações seguem em andamento. 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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