Com medo de desgastes, George Morais esconde apoio de aliados

Com apoios polêmicos costurados na pré-campanha, o candidato a prefeito de Trindade pelo PDT, George Morais, tem escondido os aliados nos primeiros 10 dias de campanha eleitoral. Até agora figuras como o ex-prefeito Ricardo Fortunato, o ex-deputado Nélio Fortunato e o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, com quem George prometeu uma dobradinha eleitoral na divisa entre os dois municípios, têm sido praticamente fantasmas nas agendas públicas e postagens nas redes sociais.

O caso da aliança com os Fortunato é simbólico. George precisava do apoio dos irmãos para não ficar isolado na disputa, já que não conta com a máquina municipal e nem o apoio do governo estadual. Mas o passado do ex-prefeito e seus desgastes na cidade assombram a campanha do PDT. Em 2017, Fortunato teve o nome citado em delações premiadas da Operação Lava Jato, acusado de receber R$ 500 mil via caixa dois da Odebrecht para sua campanha de 2012.

O último post nas redes sociais de George com menção a Ricardo Fortunato é do dia 8 de agosto. Embora tivessem feito um colab (quando dois ou mais perfis compartilham juntos o mesmo conteúdo), Ricardo nem aparece no vídeo.

Outro ponto sensível é a cassação do mandato do vereador Nélio Fortunato (MDB) em Trindade, por determinação do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) em setembro do ano passado. A Justiça Eleitoral concluiu que houve fraude na cota de gênero nas eleições, com candidatas fantasmas, o que resultou na perda do mandato de Nélio. A defesa do vereador ainda recorre.

Outra aliança que George não tem demonstrado intenção de destacar é com Rogério Cruz (SD). Embora tenha firmado uma parceria com o prefeito de Goiânia, prometendo eventos conjuntos nas áreas limítrofes entre as duas cidades, até o momento, nenhuma atividade conjunta foi realizada. George Morais indicou sua filha, Beatriz Albuquerque de Morais, para o cargo de chefe de gabinete da Agência de Turismo de Goiânia (Agetul), reforçando a proximidade entre o PDT e a administração de Rogério Cruz.

A cautela de George, que chegou a dizer que a gestão de Rogério era um modelo para ele, é reforçada pelas pesquisas eleitorais. A avaliação negativa de Rogério Cruz atinge 55,4%, sendo que 43,6% dos entrevistados consideram a administração de Cruz como péssima e 11,8% como ruim. Além disso, 43,4% dos eleitores afirmaram que não votariam em Cruz de jeito nenhum. Apenas 16% dos goianienses avaliam a gestão do prefeito de forma positiva.

Enquanto George evita expor as alianças que costurou para esta eleição, seu principal adversário, o prefeito Marden Júnior (UB), explora amplamente seu grupo de aliados. O candidato pelo União Brasil frequentemente realiza atividades ao lado de lideranças como o governador Ronaldo Caiado, a primeira-dama Gracinha Caiado, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) e os ex-prefeitos Jânio Darrot e Valdivino Chaves, destacando essas parcerias em suas redes sociais. Ele também conta com adesão de 15 dos 19 vereadores e 127 candidatos da coligação.

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Governo Lula tem 90% de reprovação no mercado financeiro

Governo Lula: 90% de Reprovação no Mercado Financeiro

A avaliação negativa do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os agentes do mercado financeiro alcançou 90%, segundo pesquisa da consultoria Quaest. A reprovação saltou em relação a março, quando era de 64%. Apenas 3% dos agentes aprovam a gestão e 7% a consideram regular.

O temor de uma piora econômica levou 96% a acreditar que o governo não está no caminho certo. A condução da política econômica pelo ministro Fernando Haddad teve sua aprovação reduzida de 50% para 41%, com a reprovação dobrando de 12% para 24%.

O pacote fiscal foi mal recebido, sendo considerado nada satisfatório por 58% e pouco satisfatório por 42%. A credibilidade do novo arcabouço fiscal é questionada, com 58% afirmando que não tem credibilidade.

O mercado reagiu negativamente ao pacote de cortes de gastos e à proposta de isenção do Imposto de Renda, o que elevou as expectativas de inflação. A expectativa para a Selic é de aumento de 0,75 ponto percentual.

Aprovação da nomeação do Banco Central

Por outro lado, 62% dos agentes aprovam a nomeação de Gabriel Galípolo para o Banco Central.

No cenário político para 2026, apenas 34% acreditam que Lula será o favorito, uma queda em relação aos 53% registrados anteriormente.

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