Com morte de Elizabeth II, Charles assume o trono ao lado de ex-amante como rainha consorte

Rei Charles III e Camilla

O Reino Unido tem um novo rei. A linha de sucessão da monarquia britânica dá a Charles o direito ao trono com a morte da mãe dele, a rainha Elisabeth II, que teve o reinado mais longo da história britânica. Ela faleceu cerca de um ano e meio após o marido, o rei Philip. A cerimônia que oficializa a proclamação deve ocorrer até amanhã no Palácio de St James, quando ele jurará preservar a Igreja da Escócia. A coroação ainda não tem data para ocorrer.

Uma das primeiras decisões dele deve ser acerca do nome. O rito permite a manutenção de Charles com o acréscimo de III ou outra nomeclatura, incluindo um de seus três sobrenomes: Philip Arthur George. A esposa de Charles, a ex-amante Camila Parker Bowles, se mantém como duquesa da Cornualha e recebe o título de rainha consorte.O neto mais velho de Elisabeth II, William agora passa a ter o título de Duque da Cornualha e não se torna automaticamente o príncipe de Gales. 

O  rei Charles ficará à frente da Commonwealth, uma associação de 56 países independentes com 2,4 bilhões de súditos. O herdeiro assume a coroa em um período econômico nacional de recessão e inflação na casa dos 10% que fizeram disparar o aumento do custo de vida da população. 

Nesta semana, Elisabeth II chegou a empossar a nova primeira-ministra Liz Truss no cargo após sucessivas polêmicas envolvendo o ex-titular Boris Johnson. Ele tinha um encontro marcado com a rainha nesta quinta-feira, 8, para formalizar a saída do governo. A novata deve se reunir ainda hoje com Charles e participará de uma cerimônia fúnebre íntima.

Aos 96 anos, a monarca deixou quatro filhos (Charles, Anne, Andrew e Edward), oito netos e 12 bisnetos. Segundo o Palácio de Buckingham, a residência oficial e principal local de trabalho da rainha, todos os filhos estão ou estavam a caminho do local após os médicos informarem que a situação da monarca com 70 anos de chefia de Estado era delicada. A causa não foi oficializada, mas o que se sabe é que ela apresentava problemas de mobilidade.

Velório

Em um comunicado, o Palácio de Buckingham anunciou o falecimento. “A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral esta noite e retornarão a Londres amanhã”. O velório pode durar mais de dez dias. informações de bastidores publicadas pela imprensa internacional apontam que o roteiro fúnebre está planejado há cinco anos. 

Conforme  vazamento de documentos oficiais, caixão com o corpo da rainha seria levado de do palácio na Escócia, se ela morresse, lá de trem ou avião até a capital inglesa, Londres. No dia seguinte haveria uma ato oficial no Palácio de Buckingham. Um procissão deve ocorrer no quinto dia no Palácio de Westminster, onde Elisabeth II ficaria até o oitavo dia da morte para que o público possa se despedir da monarca.

A expectativa é de que seja decretado feriado nacional no dia do sepultamento. A mobilização de pessoas nas ruas está aguardada para esse dia, que deve ter badalo de sinos do Big Ben exatamente às 11 horas da manhã durante o trajeto do corpo até a Abadia de Westminster. Depois, ela deve ser levada para a Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, e será enterrada ao lado dos restos mortais do pai, o rei George VI. 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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