Com MP na cola, Prefeitura de Senador Canedo tenta acabar com falta de água

Com MP na cola, Prefeitura de Senador Canedo tenta acabar com falta de água

Quem mora ou trabalha em Senador Canedo sabe que ter água na torneira em períodos mais secos do ano é um luxo. Para evitar que a crise hídrica persista prejudicando a população durante a estiagem, o Ministério Público de Goiás  acompanhou de perto a ampliação da captação Bonsucesso e a conclusão do Plano Emergencial do Sistema de Abastecimento Hídrico da cidade. Tramita na 12ª Promotoria de Justiça da Cidade o Procedimento Administrativo Nº 202100077532, que trata da reestruturação das políticas públicas para regular o abastecimento de água no município.

Isso porque, uma auditoria na Agência de Abastecimento (Sanesc) apurou a necessidade de ratificação dos Atestados de Viabilidade Técnico Operacional (AVTO) emitidos pela agência nos últimos anos e constatou que a capacidade de produção e tratamento de água não era suficiente para atender a demanda atual. O MPGO determinou que o problema fosse solucionado.

Segundo a promotora de Justiça Marta Moriya Loyola, da 2ª Promotoria de Justiça de Senador Canedo, a análise especializada dos profissionais da Coordenação de Apoio Técnico-Pericial (Catep) do MPGO foi decisiva para atuação técnica do MPGO no caso. “Sem esse suporte técnico, seria impossível uma atuação proativa do MPGO na construção do plano emergencial e outras medidas estruturais para mitigar o impacto da escassez hídrica”, observa.

Para a promotora, a crise hídrica em Senador Canedo é resultado “de problemas na produção de água, degradação de mananciais, ineficiência do sistema de tratamento, falta de planejamento do crescimento da população versus aprovação de novos parcelamentos, ausência de planos que contemplem a adequação dos sistemas de distribuição existentes com os que serão implantados”.

Com o diagnóstico da capacidade, algumas medidas serão tomadas a médio e longo prazo para reverter a situação. Servidores da Procuradoria-Geral do Município, Seplan, Amma, Sanesc, Seinfra, acompanhados pelo Ministério Público e com empreendedores do setor de loteamentos elaboraram e colocaram em prática o plano municipal de abastecimento.

“Problemas complexos e estruturais como a falta de água no município (decorrente de problemas na produção de água, degradação de mananciais, ineficiência do sistema de tratamento, falta de planejamento do crescimento da população versus aprovação de novos parcelamentos, ausência de planos que contemplem a adequação dos sistemas de distribuição existentes com os que serão implantados, entre outros) só podem ser mitigados mediante atuação estrutural”, afirmou a promotora de Justiça.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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