Com música nas escolas, GEED é alternativa na prevenção às drogas em Goiás

O consumo de drogas em Goiás é uma realidade que atinge tanto a área da saúde quanto da segurança pública. No estado, elaborar e executar políticas públicas voltadas para a prevenção do uso de drogas e cuidado para com os usuários é o propósito central do Grupo Executivo de Enfrentamentos às Drogas (GEED), órgão vinculado a Secretaria de Saúde do Estado de Goiás (SES).

A proposta é tirar as ideias do papel. A diretora geral do GEED, Ivânia Fernandes, ressalta que o grupo “leva as políticas públicas à disposição da sociedade” e atua como executivo de tudo que é planejado pelos órgãos locais. Ela acrescentou que, em inúmeros projetos, a instituição tenta dificultar a entrada e permanência dos jovens na condição de usuário, minimizando a criminalidade como consequência.

Ivânia, que também é presidente do Conselho de Políticas sobre Drogas (Cepod), afirma que a instituição opera em dois eixos: a prevenção e o cuidado. Para que as ações sejam possíveis, o Cepod se reúne, a cada dois meses, para traçar novos projetos, além de avaliar os trabalhos em andamento.

São 19 conselheiros de diversos órgãos e parceiros, como a OAB, as Polícias Civil e Federal, o Ministério Público e o Tribunal de Justiça. De acordo a presidente, o conselho é formado por sete secretarias estaduais que trabalham direta e indiretamente no combate às drogas. “É o único do país formado pelas secretarias”, completa. A concepção também envolve fomentar os conselhos municipais, distribuindo recursos e contribuindo na formação dos conselheiros. “A política deve ser interiorizada, não ficar só na capital”, destaca a presidente.

A última reunião, realizada na manhã desta quinta-feira (17), fechou parceria com o Rotary Club Goiânia-Rio Araguaia para aquisição de violões e cajons. O presidente do Rotary, Álvaro Castro Morais, explica que a organização considerou a música uma boa possibilidade de atrair os jovens, decidindo pela doação de instrumentos como forma de contribuir com o projeto. “A nossa parte foi a mais fácil, de comprar os instrumentos. A parte deles é a mais difícil de atrair os jovens e retê-los nesse processo”, disse.

Projetos

Com a doação dos instrumentos, o Projeto VemSer, que leva música e atividades a estudantes de escolas públicas, cresce em sua perspectiva. A iniciativa está em sua segunda etapa e tocou, nesta semana, para alunos de escolas do Parque Atheneu e do Conjunto Vera Cruz I. Conforme o GEED, a escolha dos bairros se dá por pesquisa realizada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), que diagnosticou 15 bairros da Capital como de maior vulnerabilidade de marginalidade.

Uma das atrações do VemSer é a Banda de Rock EX4. Com 17 anos de carreira, os integrantes trabalham com motivação musical e projetos de combate ao uso de drogas, como o Proerd, desde 2007. O baterista conta tiveram a ideia por meio de projetos de lei que tratavam da execução do hino nacional na escola e educação musical. “Nós começamos a usar a nossa carreira como um serviço à sociedade”, afirmou. Além de compor músicas com a temática, a EX4 trazem depoimentos pessoais de superação de dificuldades e das conquistas que já vivenciaram.

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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