Com quase um ano, HC da UFG é referência em hemodiálise pediátrica

Desde sua inauguração, em dezembro de 2020, o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG) consolidou-se como referência de tratamentos de hemodiálise pediátrica no País. Apesar de receber um volume reduzido de pacientes, a unidade hospitalar já é referência no tratamento para pacientes pediátricos, neonatais e gestantes.

Além disso, o serviço do hospital também se destaca no país na oferta de hemodiálise para pacientes que tem dificuldade de acesso para a realização do procedimento.

O serviço de hemodiálise do HC da UFG ainda é um serviço pequeno, pois é uma unidade hospitalar com o objetivo de atender pacientes graves internados, com dificuldade de serem submetidos a tratamentos em clinicas satélites”, explica a médica nefrologista Jerusa Marielle Nunes Seabra de Oliveira.

Segundo a médica, o serviço do HC permite que pacientes sem acesso ao tratamento em outras instituições realizem o procedimento no HC, obtendo melhor qualidade de vida.

Tratamento por hemodiálise

A hemodiálise é um tratamento necessário para pacientes que apresentam doença renal crônica em estado terminal. Após a detecção da condição, é preciso iniciar o tratamento, a fim de garantir a saúde do corpo. O tratamento, no entanto, só é necessário quando o paciente perde a função nos dois rins.

“Geralmente, o paciente faz isso numa clínica ou unidade hospitalar três vezes por semana, com sessões de 3 a 4 horas”, explica a médica. “Alguns pacientes, como gestantes, por exemplo, podem precisar do tratamento diariamente” diz.

Medicações

Em alguns casos, o tratamento ainda pode precisar do acompanhamento de medicamentos para ficar completo. Isso porque, segundo a médica, a terapia hemodialítica promove o controle de toxinas eliminadas pelo rim, mas não recupera todas suas funções.

“Algumas funções importantes do rim exigem uso de medicamentos contínuos para controle. Então, muitas vezes, para manter equilíbrio de cálcio, fósforo, anemia, é necessário fazer uso de medicação oral, ou intravenosa e subcutânea”, destaca.

A partir do início do tratamento de hemodiálise, o paciente deve seguir com ele pelo resto da vida, ou até passar por um transplante. No entanto, existem casos de lesão aguda com chance de recuperação que podem interromper o tratamento.

Transplante

Quando não existe possibilidade de recuperação natural da saúde dos rins, o transplante é a única solução. A medida, porém, oferece algumas contraindicações em casos específicos.

“Condições como presença de neoplasia ou câncer, presença de infecções ativas, doença cardiológica, pulmonar ou hepática, podem fazer com que o risco cirúrgico seja maior do que o benefício do transplante para o paciente”, esclarece a doutora.

Nesses casos, então, o paciente deve permanecer com o tratamento de hemodiálise, considerado bastante seguro. De acordo com a médica, além dos dispositivos e alarmes presentes nas máquinas, a presença de uma equipe multidisciplinar durante o tratamento, colabora para a segurança dos pacientes.

Em caso de transplante, o paciente pode receber rins de doadores vivos ou cadáveres, após morte encefálica. Para doadores vivos, a lei exige que seja uma pessoa da família em até quarto grau colateral, ou cônjuge. Para não parentes, é possível realizar a doação, desde que existe autorização judicial.

Além disso, o doador deve ser maior, saudável e passar por a exames protocolares que atestam que está apto a doação, sem causar prejuízos a ele próprio”, conta a médica.

Já os doadores cadáveres só podem passar pelo processo sob autorização familiar, segundo a legislação brasileira.

Atualmente, no HC-UFG, os critérios de seleção de receptor incluem compatibilidade com doador e tempo de espera em lista. Segundo dados da Central de Transplante, em setembro, 156 pacientes encontravam-se a espera de um rim.

Durante o mês, foram realizados nove transplantes. Todos eles com doação de pacientes em morte encefálica.

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EUA registram primeiro caso grave de gripe aviária H5N1 em humano

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos confirmaram, nesta quarta-feira, 18, o primeiro caso grave de infecção por gripe aviária H5N1 em humanos no país. O paciente, hospitalizado em Louisiana, teve o diagnóstico confirmado na última sexta-feira, 13.

Embora seja o primeiro caso grave nos EUA, infecções humanas pelo vírus H5N1 já foram registradas em outros países ao longo de 2024 e anos anteriores, algumas delas com desfecho fatal. Apesar disso, os CDC afirmaram que o risco para a população americana permanece baixo.

Segundo a agência, análises preliminares do genoma viral indicam que o vírus encontrado no paciente pertence ao genótipo D1.1, que foi identificado recentemente em aves selvagens e domésticas nos Estados Unidos. Esse genótipo difere do B3.13, detectado em vacas leiteiras, casos humanos de outros estados e surtos em aves domésticas no país.

Desde abril, os EUA registraram 61 casos humanos de gripe aviária H5N1, todos classificados como não graves. O surto, iniciado em 2022, já infectou mais de 860 vacas leiteiras em 16 estados e resultou na morte de 123 milhões de aves em território americano.

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