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Com queda da cobertura vacinal infantil, médicos antivacina podem ser alvo CFM

Última atualização 23/04/2023 | 11:02

Uma medida eficiente está sendo exigida pelo Ministério da Saúde dentro do Conselho Federal de Medicina (CFM) contra os médicos “antivacina”. Eles podem ser alvo de ações de orientação internas, se o pedido da pasta for atendido. A atuação seria uma estratégia para tentar melhorar o índice de vacinação no País em diversas faixas etárias. No caso das crianças, a cobertura vacinal contra diversas doenças despencou de 93,1% para 71,49% e ameaça o retorno de uma série de problemas de saúde considerados erradicados. 

 

A instituição informa que a maior parte dos 550 mil médicos inscritos defendem a imunização. Para o grupo considerado uma exceção, o CFM não se posicionou nem detalhou nenhuma medida que pode ser adotada. Uma nota do Conselho repercutiu a publicação de campanhas de conscientização da população e esclarecimentos sobre desinformação. O risco de novos casos de o sarampo, a poliomielite, a meningite, a rubéola e a difteria, por exemplo, incentivou o Ministério a promover uma campanha em favor da aplicação de doses com o apoio de artistas e influencers digitais. 

 

As estatísticas apontadas em uma pesquisa recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) refletem um movimento negacionista em crescimento em diversos países. A situação mais emblemática é a da vacina contra a covid, que tem uma série de fake news disseminadas dentro e fora da internet. Uma delas sugere que o imunizante causa aborto, enquanto outro associa a aplicação das doses a problemas cardiovasculares que estariam causando infarto. A maior parte dos adeptos ao movimento desacredita da eficácia devido à agilidade dos cientistas em produzir uma resposta ao coronavírus em pouco tempo comparado a outros micro-organismos.

 

Em Goiás, a cobertura vacinal da primeira dose de vacina contra covid entre os adolescentes de 12 a 17 anos era  de 89,42% em janeiro deste ano. Entre adultos, com idade de 18 anos e acima, a cobertura da primeira dose chegou a 91,56%, mas diminuía em relação à segunda dose (83,24%) e a dose de reforço (49,67%). A cobertura vacinal das crianças entre 5 e 11 anos também causa bastante preocupação, devido à baixa adesão. Apenas 58,34% tomaram a primeira dose e 39,13% receberam o reforço da vacina.