O prefeito Sandro Mabel (UB) encontrou uma nova forma de queimar dinheiro público – e a paciência dos goianienses. O Ministério Público de Goiás (MPGO) entrou com uma ação civil pública para anular um contrato de R$ 3,1 milhões assinado pela prefeitura para locação de dez veículos, incluindo um Jeep Commander blindado de R$ 576 mil para uso pessoal do prefeito. Goiânia é umas das capitais mais seguras do pais, então o “prefeito só pode estar com medo da população devido a sua rejeição”, ironizou um vereador. O contrato, que pode durar até dez anos, foi firmado enquanto a cidade opera sob regime de calamidade financeira – o mesmo que justificou cortes de serviços à população. A ação do MP aponta “violação a princípios da administração pública” e “possível desvio de finalidade”, uma vez que a prefeitura já possui frota própria, inclusive com um carro blindado da gestão anterior. O caso escancara a distância entre o discurso de austeridade de Mabel e sua prática na gestão – e explica por que, segundo pesquisa do Diário do Estado, 58% dos eleitores que votaram nele se arrependem da escolha. O prefeito que prometeu enxugar contas parece preferir mesmo é secar a paciência do contribuinte.