Com alta na demanda, concessionárias já aplicam descontos em Goiânia

Clientes que vão em busca de um carro zero quilômetro nas concessionárias de Goiânia já vão encontrar veículos com o aguardado desconto anunciado pelo governo federal. Na capital, já é possível encontrar diversos modelos à pronta entrega com valores reajustados para baixo. A redução pode chegar até R$ 8 mil abaixo da tabela anterior, segundo pesquisa feita pela reportagem em diversas concessionárias da capital.

É o caso do Fiat Mobi Like, que de R$ 68.990 já está sendo vendido na Pinauto a R$ 60.990 em sua versão mais básica, que tem motorização de 1.0 e itens como ar, computador de bordo e direção hidráulica. Já o modelo Ônix 1.0, da Chevrolet, que antes era adquirido por R$ 84.390, pode ser encontrado $78.390 na Jorlan – desconto de R$ 6.000. Por usa vez, o Volkswagen Polo MPI pode ser encontrado na Saga T7 de R$ 82.000 por R$ 74.990.

A medida provisória que cria faixas de descontos para veículos populares conforme critérios de sustentabilidade econômica, ambiental e nacionalidade foi publicada nesta terça-feira, 06. Os descontos para os carros populares vão de R$ 2 mil até R$ 8 mil. O decreto está publicado no Diário Oficial da União. Válido por quatro meses, o desconto será registrado na nota fiscal e não incidirá no cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o automóvel.

Há opções em falta em algumas lojas. É o caso do modelo Kwid da Renault na cor preta que, de R$ 65 mil, está sendo vendido a R$58.990 – pouco mais de R$ 6 mil de redução. Na cor branca, ainda disponível em estoque do estabelecimento consultado, o veículo que era vendido a R$ 68.990 já sai a $59.960. Neste caso, o valor do descontou chegou a R$ 9 mil na unidade da Tecar no Jardim Goiás.

A gerente de showroom desta concessionária, Rosane Maia, afirma que, em apenas três dias desde que foi anunciada a aplicação da medida provisória, já é perceptível o aumento na procura. Ela calcula que o número de clientes em busca de uma simulação subiu cerca de 30%. “No entanto, esse percentual não se converteu ainda no fechamento da compra, pois ainda há muitas dúvidas”. Juros em alta é outro desafio apontado por ela. “Boa parte dos clientes pretendem optar pelo financiamento”, explica.

Mesmo com a tendência de alta na demanda, a perspectiva é de que os consumidores não fiquem de mãos vazias, segundo a gerente. “Uma coisa é certa: não vai faltar carro. Tanto os estoques das lojas, como o pátio das montadoras estão cheios”, pontua, atribuindo à baixa procura nos períodos anteriores ao anúncio dos descontos por parte do governo federal. Com a perspectiva de aumento nas vendas, as concessionárias estão atentas, mas ainda no aguardo de orientações por parte das montadoras quanto aos detalhes do regramento das novas vendas.

Em vigor

A medida foi anunciada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última  segunda-feira, 05. Os critérios utilizados nas faixas de desconto variam de acordo com o preço, a eficiência energética e a densidade industrial.

Foram criadas sete escalonamentos de descontos que vão de 1,6%, equivalente a R$ 2 mil, a 11,6%, somando R$ 8 mil, conforme os critérios de eficiência energética, que inclui fonte de energia e consumo energético, preço do automóvel e densidade produtiva, ou seja, o percentual de utilização de peças de produção nacional.

Ônibus e caminhões também vão ser contemplados, com descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil, e são associados à entrega de veículos da mesma categoria, usados e em condições de rodagem. Também é exigida que a documentação do veículo entregue esteja regularizada, com licenciamento de 2022 e emplacamento.

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Pobreza na Argentina caiu para menos de 40%, aponta governo

Pobreza na Argentina: Desafios e Dados

O índice de pobreza na Argentina caiu para 38,9% no terceiro trimestre deste ano, enquanto a pobreza extrema, ou indigência, recuou para 8,6%, conforme estimativa do Conselho Nacional de Coordenação de Políticas Sociais (CNCPS), divulgado nesta quinta-feira, 19. A medição oficial do Indec, que ocorre semestralmente, havia apontado 52,9% de pobreza na primeira metade do ano.

O governo atribui essa redução às políticas econômicas implementadas para controlar a inflação e estabilizar a economia, além de um foco maior nas transferências de recursos diretamente para os setores mais vulneráveis, sem a intermediação de terceiros. No início da gestão de Javier Milei, metade dos recursos destinados à população em situação de vulnerabilidade era distribuída por meio de intermediários.

Embora os números absolutos variem, especialistas concordam que os indicadores de pobreza estão em declínio. Martín Rozada, da Universidade Torcuato Di Tella, calculou que, se a tendência continuar, a taxa de pobreza pode se situar em torno de 40% até o final do ano, com a indigência em cerca de 11%.

Agustín Salvia, do Observatório da Dívida Social da UCA, apontou que a redução da pobreza foi impulsionada pela desaceleração dos preços e pelo aumento do poder de compra da renda laboral das classes médias, com a indigência caindo de 10% para 8,5% entre 2023 e 2024.

Leopoldo Tornarolli, da Universidade de La Plata, também previu que a pobreza em 2024 pode terminar abaixo dos níveis de 2023, devido à queda expressiva no primeiro semestre do ano.

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