Com vagas concentradas na rede privada, FIES ajuda jovens a cursar Medicina

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Estudar medicina depende de muito esforço, dedicação e dinheiro, em alguns casos. A demanda pela graduação é alta e o acesso se tornou mais democráticos ao longo dos últimos anos com estratégias como o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) que ajudam muitas pessoas a realizar o sonho de fazer o curso. A recente ampliação do teto anunciada pelo governo federal promete favorecer ainda mais a entrada de estudantes e permitir que o Brasil alcance o índice mínimo desses profissionais por habitante recomendado pela OCDE.

Para a agora médica especialista em Emergência, Rosana Pimenta, custear mensalmente milhares de reais de mensalidade era impensável. Ela tentou ser aprovada em universidades públicas de Goiás, Tocantins e de Minas Gerais, mas não conseguiu. A alternativa foi aderir ao programa de financiamento que exigia apenas o pagamento de R$ 50 por trimestre em uma instituição de ensino superior na cidade goiana de Rio Verde. A quitação das 210 parcelas de R$ 1,8 mil começou após um ano e meio de formada no curso.

“Venho de uma família de classe média, onde nunca faltou nada mas também não podíamos esbanjar muito luxo. Eu sabia que seria um sacrifício muito grande para os meus pais conseguir manter as mensalidades e os custos de estudar em outra cidade. A princípio, meu pai vendeu a casa que possuía para arcar com as despesas. O FIES ajudou exatamente nisso. Consegui me formar e minha família teve tranquilidade durante esse período. É um desejo de infância. O ensino fora do País nunca me passou pela cabeça, talvez pelo medo do desconhecido mesmo. Mas não foi uma opção para mim”, relembra a profissional que celebra cinco anos e meio com diploma.

Atualmente, o Brasil tem 388 cursos de graduação de Medicina autorizados pelo Ministério da Educação. A demanda será ainda maior com a permissão para abertura de mais vagas. A rede privada atende grande parte desses estudantes que pretendem seguir a profissão com 158.017 matrículas em 223 cursos, de acordo com a Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes). O contato de pessoas com diferentes realidades socioeconômicas em um curso considerado elitista resulta em melhor formação humanística dos futuros médicos.

“Emergência é a área em que mais me identifiquei durante esse processo e, depois de anos na cidade em que me formei, vivendo a correria que é um pronto atendimento, resolvi me mudar. Vim para Brasília neste ano e minha rotina é mais calma. Não saí do pronto socorro (nem quero sair), mas tenho uma rotina mais organizada. Tenho horário de entrar e sair, durmo em casa todos os dias. E ainda tenho tempo para realizar a telemedicina. Gostei ainda mais de medicina depois de formada. A realidade acaba sendo bem diferente da teoria que aprendemos”, afirma Rosana.

Segundo o pró-Reitor Acadêmico do Centro Universitário Alfredo Nasser – Unifan, Carlos Alberto Vicchiatti, é uma forma de entender que existem diferenças na sociedade e devem ser respeitadas. “Posso dizer que se trata de um aspecto bastante enriquecedor. O interesse do aluno elimina qualquer diferença no aproveitamento, independentemente de como foi o ingresso dele na nossa universidade. Todos se engajam para se tornarem bons profisisonais”, afirma.

Na Unifan, a mensalidade custa aproximadamente R$ 9,2 mil. Ele explica que a graduação em Medicina costuma ser mais cara por uma série de fatores. Vicchiatti destaca que a resposta não é simplista e frisa que se trata de um curso complexo, o que exige investimento. “Envolve hospitais, convênios com hospitais, corpo docente qualificado com mestres e doutores, laboratórios muito bem equipados para garantir o máximo de ‘realidade’ ao ensino de medicina”

Estatística

Um estudo da Abmes aponta que o Brasil deveria ter 3,5 mil médicos a cada mil habitantes, mas tem somente 2,8 médicos na mesma proporção. O patamar ideal será alcançado somente em 2030. Em países desenvolvidos, a marca é de 4,5 mil. Muitos Médicos estão perto da aposentadoria ou se concentram em grandes centros urbanos, por isso a necessidade de ampliação do número. A proposta do governo federal é levar os profissionais a regiões mais carentes, principalmente no norte e nordeste do País, com o programa Mais Médicos.

Desde 14 de junho, os antigos e atuais alunos dos cursos de medicina podem financiar até R$ 60 mil por semestre, ou seja, mensalidades de até R$ 10 mil. Antes, o valor era de R$ 52,8 mil, o que representa um aumento de mais de 13% em relação ao teto anterior.

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Calendário de pagamento do Bolsa Família 2025 é divulgado; saiba quando recebe

Os cerca de 21 milhões de beneficiários do Bolsa Família já podem conferir a data de pagamento do programa social para o ano de 2025. O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) divulgou o calendário dos benefícios, que ocorrerão nos últimos dez dias úteis de cada mês, de forma escalonada conforme o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS).

Os pagamentos começarão em 20 de janeiro para as famílias com NIS de final 1 e terminarão em 23 de dezembro para as famílias com NIS de final 0. Em dezembro, o cronograma é antecipado em cerca de uma semana devido ao Natal. Esse escalonamento ajuda a organizar e facilitar o acesso aos benefícios para todos os beneficiários.

Confira o calendário:

Calendário Bolsa Família 2025

Atualização de Dados no CadÚnico

Para evitar a perda do benefício, o MDS recomenda que cada beneficiário atualize os dados dele e da família no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) a cada 24 meses. Após a aprovação do pacote de corte de gastos, o processo exigirá biometria. A pessoa responsável pela família deve ir a um posto de atendimento socioassistencial, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), ou a um posto de atendimento do Cadastro Único, apresentando os documentos de cada pessoa da família e comprovando a renda domiciliar.

Para estar habilitada a receber o Bolsa Família, a família deve ter uma renda de no máximo R$ 218 mensais por integrante que vive na mesma casa. Além disso, é necessário que a família esteja inscrita no CadÚnico. O cadastramento é feito em postos de atendimento da assistência social dos municípios. Desde março de 2023, o Governo Federal garante um repasse mínimo de R$ 600 por família inscrita, com adicionais conforme a composição da família.

Adicionais e formas de recebimento

O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade, garantindo a alimentação da criança. Além disso, o Bolsa Família oferece um acréscimo de R$ 50 a famílias com gestantes e filhos de 7 a 18 anos, e um adicional de R$ 150 a famílias com crianças de até 6 anos. Os pagamentos podem ser feitos pelo aplicativo Caixa Tem ou podem ser sacados em caixas eletrônicos por quem tem o cartão do programa social.

Quem tiver dúvidas sobre o Bolsa Família pode ligar no Disque Social, no número 121, ou acionar o canal de atendimento da Caixa Econômica Federal, por meio do número 111. Os beneficiários também podem consultar os aplicativos do Bolsa Família e da Caixa, disponíveis para download gratuito nas lojas virtuais.

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