O Diretor e o treinador do time equatoriano, Mushuc Runa, fizeram comentários machistas após a eliminação para o Independiente Del Valle, pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana, na última quarta-feira. As críticas foram direcionadas à árbitra brasileira Edina Alves, responsável por apitar a partida. Renato Salas, dirigente do clube, afirmou que uma árbitra, por melhor que seja, não sentiria o mesmo que um árbitro homem, e por isso existia o futebol feminino, onde as mulheres sentiriam o que elas passam em campo.
Após a repercussão negativa dos comentários machistas de Salas, o diretor equatoriano concedeu uma entrevista à Rádio La Red, da Argentina, na manhã seguinte, e pediu desculpas pelo ocorrido. Ele esclareceu que seus comentários foram mal interpretados e que qualquer erro na arbitragem poderia ser cometido tanto por homens quanto por mulheres. Salas reforçou que não houve discriminação em suas declarações e que gostaria de pedir desculpas publicamente.
No jogo de volta contra o Independiente Del Valle, o Mushuc Runa conseguiu vencer por 2 a 1 em casa, após ter perdido por 1 a 0 no jogo de ida. No entanto, a equipe equatoriana foi eliminada nos pênaltis. Edina Alves recebeu críticas não só do diretor do clube, mas também do treinador, Paúl Vélez, que questionou a presença de uma mulher como árbitra em torneios internacionais e defendeu que deveria haver árbitras no futebol feminino para essas situações.
É importante ressaltar que comentários machistas e discriminatórios não têm espaço no esporte, independentemente do gênero dos profissionais envolvidos. O respeito e a igualdade são fundamentais para a construção de um ambiente esportivo saudável e justo para todos. A crítica baseada no gênero de uma pessoa não deve ser tolerada, e a diversidade deve ser sempre incentivada e valorizada em todas as instâncias esportivas.