Comerciantes em Manaus salvam mercadorias de incêndio no ‘Fuxico’: ‘Temos que tocar a vida’

Comerciantes salvam mercadorias para evitar prejuízos durante incêndio no ‘Fuxico’, em Manaus: ‘Temos que tocar a vida’

O incêndio começou pela manhã e, até o início da noite, o Corpo de Bombeiros
ainda realizava o rescaldo. Os comerciantes do galpão de uma distribuidora atingida por um incêndio de grandes proporções salvaram mercadorias para evitar prejuízos maiores na Avenida Brigadeiro Hilário Gurjão, popularmente conhecida como “Rua do Fuxico”, nesta terça-feira (3). O incêndio começou pela manhã e, até o início da noite, o Corpo de Bombeiros ainda realizava o rescaldo.

Segundo o Corpo de Bombeiros, o incêndio de grandes proporções começou em um galpão de distribuidora e se espalhou para comércios vizinhos. No local, havia grande quantidade de plástico e materiais inflamáveis queimando, o que dificultou o combate às chamas. Mesmo diante da situação, o comerciante Cosme Sales, dono da distribuidora mais afetada, planeja reunir o que restou e buscar se reerguer.

“É tocar a bola pra frente e começar de novo. Não tem o que fazer muito não. O que puder recuperar a gente vai recuperar e temos que tocar a vida”, lamentou o comerciante. Em um ato de solidariedade, a vendedora Lívia Reis foi uma das pessoas que ajudaram a recuperar os fardos de alimentos que restaram da distribuidora.

“Eu acho que todos nós somos uma família. Independente da empresa, todos prestam serviço. Então nesse momento eu acho de suma importância todos se unirmos”, disse a vendedora. Cerca de 18 viaturas do Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para atuar no incêndio que até o meio da tarde ainda continuou a se alastrar pelas lojas. A Defesa Civil avaliou os imóveis. Um deles vai sofrer intervenção e vai ter que ser demolido.

Durante a tarde o trabalho pra tentar conter as chamas continuou com 63 homens do Corpo de Bombeiros e mais de 80 mil litros de água usados para conter as chamas. “Nós estamos trazendo uma retroescavadeira devido a esse prédio aqui tá colapsado então o pessoal tá fazendo o rescaldo, vamos tirar o pessoal daqui pra poder fazer a demolição que é pra poder fazer o trabalho tranquilo pros bombeiros. Esse trabalho vai até a noite. Nós estamos com uma família que inalou fumaça mas não tem risco nenhum”, informou o chefe da divisão operacional da Defesa Civil, José Mendes.

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Investigação aponta intoxicação alimentar em morte de cavalos no Amazonas: 22 equinos já foram vítimas, suspeitas de feno contaminado.

Ao menos 22 cavalos perderam a vida no Amazonas desde 1º de janeiro, apresentando sintomas semelhantes que levantaram suspeitas de intoxicação alimentar por feno contaminado. A investigação teve início após a morte de dez cavalos na capital entre sábado (4) e segunda-feira (9). A mãe do dono dos animais relatou as mortes atribuídas à intoxicação em um haras em Manaus.

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) confirmou o ocorrido na manhã de quinta-feira (9), apontando para a possível causa das mortes como sendo a intoxicação alimentar. Os casos foram registrados no Haras da Nilton Lins e em uma chácara no bairro Tarumã, ambas em Manaus, além de duas mortes em Presidente Figueiredo. Outros cavalos doentes também foram reportados, mas sem divulgação da quantidade.

Guilherme Torres, delegado adjunto da PC-AM, destacou a possibilidade de intoxicação decorrente do fornecimento de alimentação por uma empresa não identificada. A investigação envolveu a verificação das condições de produção, armazenamento e distribuição do feno, além da realização de necropsias nos animais e análise do alimento suspeito em busca de substâncias tóxicas.

As ações em curso incluem a realização de perícia nos locais das mortes, a notificação e oitiva dos proprietários dos animais e demais responsáveis pelos haras, além da análise minuciosa dos pontos de fornecimento da alimentação. A Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo e a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas seguem no esforço conjunto de investigação.

Donos de cavalos do Haras da Nilton Lins foram impactados pelas mortes e doenças dos animais, com casos de rápido emagrecimento e falta de apetite. Medidas de tratamento com soro foram adotadas, mas a morte de mais seis equinos foi registrada até terça-feira (7). A Universidade Nilton Lins, responsável pelo haras, afirmou agir rapidamente ao identificar os sintomas nos animais, visando proteger o restante e controlar a situação.

Os relatos de enterros irregulares dos cavalos mortos no terreno do Haras Nilton Lins causaram revolta entre os donos, que denunciaram a falta de critérios sanitários. Imagens mostram os animais sendo deixados em covas no local. As investigações seguem para esclarecer os fatos e responsabilidades diante da trágica situação envolvendo a morte de cavalos em Manaus.

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