Comércio da orla do Rio em alerta: novas diretrizes geram mobilização

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Novas diretrizes para as praias do Rio têm causado alvoroço e mobilização por parte dos comerciantes locais, que protestam contra o decreto do prefeito Eduardo Paes durante uma audiência pública sobre o ordenamento da orla. Tanto parlamentares quanto empresários pleiteiam alterações nas medidas implementadas.

O recente decreto da Prefeitura do Rio veda a realização de apresentações musicais ao vivo e o uso de garrafas de vidro nos quiosques situados à beira-mar. Estas novas normas, que entrarão em vigor a partir do dia 1º de junho, visam estabelecer um novo padrão para a orla carioca, com o intuito de oferecer mais segurança, conforto e organização tanto para os frequentadores quanto para os trabalhadores locais.

A proibição da música ao vivo, considerada uma atração marcante dos quiosques, é um dos principais pontos contestados. A Orla Rio e o SindRio, sindicato que representa bares e restaurantes, emitiram comunicados criticando as medidas, alegando que a presença de performances musicais contribui significativamente para a receita dos estabelecimentos e a manutenção de empregos.

O empresário Bruno de Paula, sócio de cinco quiosques na região, expressou sua desaprovação em relação à decisão, salientando a importância da música ao vivo não só como chamariz para os turistas, mas também como geradora de empregos, envolvendo cerca de 550 músicos mensalmente.

Além da restrição à música ao vivo, a utilização de garrafas de vidro pelos comerciantes, ambulantes e barraqueiros foi proibida. O secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, frisou que adaptações específicas serão estabelecidas para situações excepcionais, como servir vinho a clientes sentados, ressaltando que, neste momento, é essencial promover uma reorganização no setor.

Uma audiência pública na Câmara dos Vereadores, que contou com a participação de diversos comerciantes da orla, legisladores e representantes de categorias afetadas, gerou intensos debates sobre o decreto. A mobilização expressiva evidenciou a preocupação dos envolvidos com as mudanças impostas, principalmente em relação à proibição da música ao vivo.

Os parlamentares presentes no evento foram unânimes ao reconhecer a importância do ordenamento das praias, mas divergiram em relação a alguns pontos do decreto, como a vedação das apresentações musicais. Após estabelecerem um diálogo efetivo durante a audiência, há a perspectiva de que o prefeito revise algumas das medidas implementadas, especialmente considerando as críticas recebidas.

A fiscalização das novas regras terá início no próximo mês, sendo que, até lá, agentes da Secretaria de Ordem Pública realizarão ações de orientação junto aos comerciantes da orla. É evidente que a regulamentação das atividades nas praias do Rio está no centro de uma discussão acalorada e em constante evolução, com a expectativa de equilibrar os interesses comerciais e o bem-estar de frequentadores e trabalhadores locais.

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