Comércio goiano cresce e registra melhor variação dos últimos 15 anos

No varejo ampliado, volume de venda de veículos, motocicletas e peças em Goiás subiu 31,1% em janeiro

Goiás iniciou 2023 com crescimento de 2,9% no volume de vendas do comércio varejista, em comparação a dezembro, e, com isso, registra a maior alta para o mês de janeiro dos últimos 15 anos. Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira,12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A alta em janeiro foi a maior para o mês desde 2008, quando o índice subiu 3,2%. Na comparação com janeiro de 2022, o comércio varejista goiano cresceu 1,9%, ocupando patamar positivo no acumulado de 12 meses.

“Trata-se de um resultado extremamente importante, que mostra o quanto a economia goiana vem se recuperando depois da retomada das atividades pós-pandemia, com bons desempenhos e recordes históricos. Avanço que só é possível graças às medidas implementadas pelo governador Ronaldo Caiado e ao ritmo acelerado de seus governos”, afirma o titular da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Os números positivos em comparação a janeiro de 2022 foram puxados pelas atividades de móveis e eletrodomésticos (20,7%); livros, jornais, revistas e papelaria (13,5%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (6,9%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (5,6%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (2%) e combustíveis e lubrificantes (1,9%).

Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação e livros, jornais, revistas e papelaria tiveram destaque por apresentar crescimento, também, no acumulado de 12 meses, de 20% e 17,9%, respectivamente. Tecidos, vestuário e calçados se mantiveram estáveis em janeiro de 2023, apresentando acumulado de 2,4% nos últimos 12 meses. Já hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registraram queda de 4% no mês.

Ampliado

Em janeiro de 2023, o comércio varejista ampliado apresentou salto ainda maior, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, variando 4,4%. A alta se deu pelo setor de veículos, motocicletas, partes e peças, que subiu 31,1%. A mesma atividade apresentou crescimento de 9% no volume de vendas acumulado em 12 meses.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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