Comércio goiano registra alta nas vendas de fevereiro

O comércio em Goiás registrou alta de 7% no mês de fevereiro, na comparação com o mesmo período de 2023. Esse é o maior resultado para o mês de fevereiro desde 2019. A alta foi puxada pelas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (29,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,7%).

Os dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com apuração do Instituto Mauro Borges (IMB). O levantamento também mostra que o nível de atividade do comércio goiano, medido pelo índice com ajuste sazonal, atingiu o seu maior patamar desde abril de 2015.

No acumulado no ano a alta foi de 5,4%, com destaque para as vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18%) e hipermercados e supermercados (12,6%). O acumulado nos últimos 12 meses registrou crescimento de 1,4%, puxado também pela alta nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,2%).

“O crescimento do comércio em Goiás contribui com o desenvolvimento econômico e social do nosso estado. Como em qualquer região, o comércio desempenha um papel fundamental na geração de emprego e renda para as famílias”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

O diretor-executivo do IMB, Erik Figueiredo, salienta que os dados da pesquisa confirmam o constante crescimento do estado. “Atingimos em fevereiro o maior nível de atividade do comércio, com ajuste sazonal, desde 2015. Os avanços no setor são notáveis, e todos esses resultados contribuem com o desenvolvimento da nossa economia”, conclui.

Nacional

O comércio brasileiro registrou alta de 8,2% no mês de fevereiro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. No acumulado no ano e acumulado em 12 meses, o crescimento foi, respectivamente, de 6,1% e 2,3%.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp