Comida na pré-campanha: Cristiane Pina e Júlio Pina viram alvos da Justiça em Senador Canedo 

Justiça Eleitoral proíbe Cristiane,  esposa do deputado Júlio Pina, de realizar eventos por propaganda antecipada

A médica Cristiane Pina, esposa do deputado Júlio Pina e pré-candidata à prefeitura de Senador Canedo, está proibida pela Justiça de realizar propaganda eleitoral antecipada. A decisão, divulgada nesta sexta-feira, 7, veio após uma representação do Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral), através do promotor de Justiça Glauber Rocha Soares, da 3ª Promotoria. Segundo o calendário eleitoral de 2024, a propaganda só é permitida a partir do dia 16 de agosto.

O juiz eleitoral Thulio Marco Miranda determinou que Cristiane Pina se abstenha, imediatamente, de organizar eventos no município de Senador Canedo enquanto não encerrar o pleito eleitoral de 2024. Em caso de descumprimento, foi estipulada multa de R$ 200 mil por cada infração, com o valor dobrando a cada reincidência. O juiz também concedeu dois dias para que a pré-candidata apresente defesa. A decisão sobre a retirada de vídeos e imagens será analisada na sentença final.

Segundo o MP Eleitoral, Cristiane realizou 24 eventos entre janeiro e maio de 2024, incluindo ações filantrópicas e mutirões. Entre eles, o Ação Solidária, Ação Mulher Solidária e Saúde nos Bairros, com apoio de seu marido, deputado estadual, e outros políticos. Nesses eventos, benefícios diretos foram oferecidos à população, promovendo o nome da pré-candidata. A Promotoria verificou ainda, nas redes sociais públicas de Cristiane, a promoção de atendimentos gratuitos e consultorias jurídicas e contábeis, além de outras atividades.

Em várias ocasiões, o público dos eventos era incentivado a usar o slogan “Dias Melhores para Senador Canedo”, com muitas pessoas publicando vídeos nas redes sociais exaltando Cristiane. Além disso, a pré-candidata discursou, entregou prêmios e fixou faixas promovendo sua organização.

Vantagem ilícita

Advogado especialista em direito eleitoral e partidário, Thiago Moraes explica que é absolutamente vedado, tanto na pré-campanha quanto na campanha, que pré-candidatos e candidatos realizem ou patrocinem eventos que disponibilizem atendimentos médicos, odontológicos, jurídicos ou de qualquer natureza filantrópica semelhante. “Da mesma forma, não é permitido a distribuição de pipoca, algodão doce, doces e alimentos em geral para os que ali se fizeram presentes”, destaca Moraes.

Esses eventos, frisa Thiago, desequilibram o pleito e ferem o sistema democrático, ao passo que um candidato obtém vantagem ilícita em relação aos outros, configurando abuso de poder econômico e crime eleitoral. “Tal prática gera a cassação do mandato e a inelegibilidade dos infratores, sem prejuízo das sanções criminais”, conclui o advogado.

Para o MP Eleitoral, essas ações violam a legislação eleitoral, configurando exposição indevida do nome da pré-candidata, influenciando a percepção dos eleitores mesmo sem pedido explícito de votos. A fim de prevenir e fazer cessar atos que colocam em risco a lisura do pleito eleitoral, o MP pediu tutela inibitória de urgência. A Justiça Eleitoral deferiu o pedido, proibindo Cristiane de organizar eventos sociais, filantrópicos e esportivos até o fim do pleito de 2024.

 

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Lula promete zerar fome no país até fim do mandato

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu no sábado, 16, que, até o fim do mandato, nenhum brasileiro vai passar fome no país. A declaração foi feita no último dia do Festival Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, na região central do Rio de Janeiro.

“Quero dizer para os milhões de habitantes que passam fome no mundo, para as crianças que não sabem se vai ter alimento. Quero dizer que hoje não tem, mas amanhã vai ter. É preciso coragem para mudar essa história perversa”, disse o presidente. “O que falta não é produção de alimentos. O mundo tem tecnologia e genética para produzir alimentos suficientes. Falta responsabilidade para colocar o pobre no orçamento público e garantir comida. Tiramos 24 milhões de pessoas da fome até agora. E em 2026, não teremos nenhum brasileiro passando fome”.

O evento encerrou a programação do G20 Social, que reuniu durante três dias representantes do governo federal, movimentos sociais e instituições não governamentais. Na segunda, 18, e terça-feira, 19, acontece a Cúpula do G20, com os líderes dos principais países do mundo. A discussão de iniciativas contra a fome e a pobreza são bandeiras da presidência brasileira do G20.

“Quando colocamos fome para discutir no G20, era para transformar em questão politica. Ela é tratada como uma questão social, apenas um número estatístico para período de eleição e depois é esquecida. Quem tem fome é tratado como invisível no país”, disse o presidente. “Fome não é questão da natureza. Não é questão alheia ao ser humano. Ela é tratada como se não existisse. Mas é responsabilidade de todos nós governantes do planeta”.

O encerramento do festival teve a participação dos artistas Ney Matogrosso, Maria Gadú, Alceu Valença, Fafá de Belém, Jaloo Kleber Lucas, Jovem Dionísio, Tássia Reis, Jota.Pê e Lukinhas.

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