IPTU/ITU: Comissão aprova projeto que impede aumento contínuo

A Comissão de Finanças, da Câmara Municipal de Goiânia, aprovou nesta quarta-feira (30) o projeto que impede os aumentos contínuos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Imposto Territorial Urbano (ITU) na capital.

O projeto, de autoria do vereador Elias Vaz (PSB), poderá compor a pauta do plenário em segunda e última votação na Câmara Municipal já na próxima terça-feira (05). Segundo o autor, a aprovação é um passo importante, já que a proposta defende o interesse da sociedade. “É óbvio que o Executivo não tem interesse em aprovar esse projeto, já que a previsão de arrecadação é de mais de R$100 milhões, que sairiam do bolso do contribuinte em janeiro”, declarou.

Na sessão, o vereador Oséias Varão (PSB), ligado à base do prefeito, pediu vista do projeto, mas foi negado por quatro votos contrários e dois favoráveis. Em seguida, o presidente da Comissão, Clécio Alves (PMDB) colocou a matéria em votação que foi aprovada por unanimidade. “O pedido de vistas foi uma tentativa da base do prefeito de protelar o andamento do projeto”, disse Elias Vaz.

Clécio Alves declarou que, com a aprovação da matéria, o poder Legislativo tem a chance de consertar um erro cometido na gestão passada para tentar cobrir desfalque no cofre da Prefeitura. “Se nós não fizermos o reparo dessa injustiça, o cidadão não vai conseguir pagar o IPTU/ITU em 2018 porque o aumento será absurdo”, completou.

Aumento anual

A proposta de Elias propõe alteração na lei que modificou a Planta de Valores Imobiliários, estabelecendo aumentos de 5% a 15% por ano. Além disso, soma-se a inflação até que o imposto seja equiparado ao valor venal dos imóveis. Com a regra, alguns contribuintes tiveram que pagar até 21% a mais de IPTU neste ano.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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