Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe uso de celulares em escolas públicas e privadas

Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe uso de celulares em escolas públicas e privadas

Nesta quarta-feira, 30, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei 104/2015, que proíbe o uso de celulares em todas as escolas públicas e privadas do Brasil, abrangendo alunos da educação básica, fundamental e médio. A proposta, de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS) e relatada pelo deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), estabelece que o uso dos aparelhos só será permitido em atividades pedagógicas, com a autorização do professor, ou em casos de acessibilidade, como no caso de alunos com deficiência que utilizam tecnologias assistivas.

O projeto, que estava em tramitação desde 2015, ganhou nova atenção após o Ministério da Educação indicar a necessidade de limitar o uso de celulares nas escolas. O relator expressou preocupação com a saúde mental dos alunos, ressaltando que a proibição visa proteger as crianças e adolescentes de potenciais problemas relacionados ao uso excessivo de eletrônicos, como a nomofobia — o medo de ficar sem o celular. O projeto também prevê que as escolas devem oferecer espaços de escuta e acolhimento para alunos que apresentem sofrimento psíquico e treinamento para professores sobre a detecção e prevenção de problemas relacionados ao uso excessivo de dispositivos.

O apoio do governo federal foi destacado, com o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmando que a iniciativa é essencial para dar limites ao uso de celulares e favorecer a socialização entre os estudantes. Países como França, Holanda e China já possuem legislações semelhantes que restringem ou proíbem o uso de celulares nas escolas.

Após a aprovação na Comissão de Educação, o projeto seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, se aprovado, será encaminhado ao Senado. O governo e especialistas esperam que as novas regras sejam implementadas o mais rapidamente possível para beneficiar a educação e o bem-estar dos alunos.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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