Como a mulher pode detectar os nódulos do câncer de mama? Profissional explica

Esta sexta-feira, 5 de fevereiro, é o Dia Nacional da Mamografia, um exame que detecta um dos tipos de câncer que mais matam no mundo: o câncer de mama. Por isso, o Diário do Estado conversou com Alana Rezende, Coordenadora do curso de Enfermagem na Faculdade Estácio de Sá. “A mamografia, apesar de muitas mulheres terem receio de fazer o exame por conta do desconforto, é um exame com um benefício gigante  porque ele consegue descobrir o câncer antes mesmo do aparecimento de qualquer sintoma. De acordo com o Ministério da Saúde, as mulheres acima de 50 anos precisam fazer esse exame a cada dois anos, até os 69 anos de idade”, conta.

Mas a enfermeira ressalta que essa recomendação de idade não é um consenso entre os órgãos de saúde. “De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, as mulheres após os 40 anos precisam estar realizando este exame anualmente”. Segundo a profissional, mesmo que as mulheres costumem procurar os médicos com mais regularidade do que os homens, ainda existem aquelas que deixam de buscar os atendimentos “por medo da dor do exame”. Mas ela desmistifica essa dor: “o mamógrafo nada mais é do que um aparelho de raio-x, e o desconforto é pequeno se comparado ao benefício de se detectar um câncer no começo”.

A coordenadora afirma que quando detectado precocemente, o câncer de mama tem 90% de chances de ser combatido e curado. “Às vezes focamos muito na idade acima dos 40 anos, mas e antes, o câncer também não pode aparecer? Pode! A partir do momento que a mulher tem formação de mama, ela precisa fazer o auto exame das mamas”, alerta a profissional. “Todo mês, sete dias antes da menstruação ou sete dias depois. Não indicamos durante o período porque é comum a existência de glândulas mamárias que podem se confundir com o nódulo”, ensina.

E como detectar estes nódulos no corpo? “Em frente a um espelho, a mulher vai colocar uma das mãos na cabeça e com a outra mão ela vai apalpar a mama em movimentos circulares, procurando a presença de caroços ou algo que esteja diferente do usual”, descreve. “Qualquer alteração visível, é importante buscar um profissional de saúde, porque nessa de esperar os 40 anos para fazer a mamografia… principalmente quando há casos na família”, observa Alana.

Então, quais seriam os principais fatores que causam o câncer de mama? “Mulheres que não tiveram filhos entram nos fatores de risco, bem como a primeira gestação e o uso de anticoncepcional. Histórico de alcoolismo ou tabagismo, alimentação inadequada e stress. Além destes, modificáveis, outros que não temos o poder para mudar é a idade, casos da primeira menstruação cedo demais, a menopausa e sim, a hereditariedade, que é genética”, ressalta a professora de enfermagem.

Veja muito mais na entrevista completa acima.

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Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

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