Como calcular e receber o 13º salário: veja exemplos e quem tem direito

Como calcular o 13º salário? Veja exemplos e quem pode receber

O 13º salário, também conhecido como “gratificação natalina”, pode ser pago de duas formas: em uma única parcela ou em duas vezes

O pagamento do 13º salário, remuneração extra paga ao trabalhador no fim de cada ano, deve ser depositado até 30 de novembro. No entanto, como a data cai em um sábado, o repasse do benefício deve sair nesta sexta-feira (29/11).

O depósito da gratificação natalina pode injetar cerca de R$ 321,4 bilhões na economia brasileira — cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) —, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O Dieese estima que em torno de 92,2 milhões de brasileiros serão beneficiados com o 13º salário neste ano. O valor repassado será, em média, de R$ 3.096,78. No ano passado, 87,7 milhões foram agraciados com a bonificação.

Todas as pessoas com carteira assinada (veja no fim da reportagem), ou seja, em regime previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), têm direito ao 13º salário. A partir de 15 dias de serviço prestado, elas passam a ter direito de receber o benefício.

A gratificação natalina pode ser paga de duas formas: em uma única parcela ou em duas vezes. A parcela única deve ser depositada até 30 de novembro, enquanto o valor parcelado é feito da seguinte forma: 1ª parcela – 50% do valor sem descontos devem ser pagos até 30 de novembro; 2ª parcela – 50% restantes, com dedução do imposto de renda e INSS, devem ser depositados até 20 de dezembro.

Atenção: a contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é cobrada nas duas parcelas.

Como é feito o cálculo do 13º salário?

Uma das maiores dúvidas dos empregados é como calcular a gratificação. O valor do 13º é proporcional ao tempo trabalhado no ano. A pessoa recebe 1/12 da remuneração integral (ou seja, o salário bruto, sem deduções ou adiantamentos) por mês trabalhado.

“Entendi. Mas, quanto recebo?”. O cálculo do 13º salário é relativamente simples, só é necessário dividir a remuneração integral por 12 e depois multiplicar o resultado pelo número de meses trabalhados. Também entram nessa conta: horas extras, adicionais (noturnos, de insalubridade e periculosidade) e comissões.

Confira alguns exemplos de cálculos da primeira parcela da gratificação de fim de ano feitos por Mariza Machado, especialista em direito trabalhista e previdenciário da IOB:

Por mês – Salário mensal de R$ 3.840: R$ 3.840,00 ÷ 2 = R$ 1.920
Por hora – Salário-hora de R$ 30 (faz jus à metade de 220h mensais): R$ 30 x 220 ÷ 2 = R$ 3.300
Por dia – Salário-dia de R$ 300 (recebe metade de 30 diárias): R$ 300 x 30 ÷ 2 = R$ 4.500

Quem tem direito ao 13º salário?

Confira quem pode receber o 13º salário: Pessoas com carteira assinada; Trabalhadores urbanos; Trabalhadores rurais; Trabalhadores domésticos; Trabalhadores avulsos; Servidores públicos (veja o calendário de pagamento abaixo); Aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Quem não tem direito: Empregado demitido por justa causa; Trabalhadores temporários; Autônomos; Estagiários, uma vez que a legislação não obriga o pagamento.
Excluir todos links do texto.

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Infestação de ratos na PRF: Funcionários preocupados com riscos à saúde

Infestação de ratos toma de conta de prédio da PRF no DF: “Clima ruim”

Segundo os relatos, há 15 dias o problema foi identificado, mas a situação
persiste, mesmo após a aplicação de veneno para os roedores

A presença de ratos e fezes dos roedores no bloco da Diretoria de Gestão de
Pessoas (DGP) da Polícia Rodoviária Federal (PRF) [02 tem tirado a paz de servidores da corporação, em Brasília. Segundo os relatos de policiais ouvidos pela reportagem, há 15 dias o problema foi identificado, mas a situação persiste, mesmo após a aplicação de veneno.

De acordo com um servidor, que preferiu não se identificar, os roedores se locomovem principalmente pelos dutos de ar condicionado, localizados no chão, o que aumenta o risco de contaminação. “A chance de alguém pegar uma doença é muito grande. Está saindo do controle”, afirmou.

O policial também destacou o descaso de gestores em resolver o problema.

> “Parece que está sem verba para fazer um serviço que acabe de vez com isso. Logo na DGP, que é onde deveria se preocupar com o bem-estar do servidor, os diretores parecem estar fazendo pouco caso. O clima não é bom”, disse.

Os ratos não são vistos no local durante o dia, mas vestígios da existência deles por lá, como fezes e cabos roídos, são constantemente flagrados ao amanhecer. Preocupados com a própria saúde e o bem-estar no ambiente de trabalho, os servidores já pediram providências imediatas para a solução do problema, mas foi em vão.

Em vídeo, é possível ver as fezes dos animais espalhadas pelo ambiente.

Uma das preocupações dos servidores da PRF é com a possibilidade de os ratos transmitirem alguma doença, como a leptospirose, por exemplo. A enfermidade é causada pela bactéria do gênero Leptospira e a transmissão acontece pelo contato com a urina de ratos contaminados. O simples contato da pele e de mucosas com a água infectada pode ser o suficiente para causar a infecção.

Os primeiros sintomas são febre alta (acima de 38ºC), que começa de maneira súbita, associada a calafrios, dores de cabeça e musculares (principalmente na região da panturrilha), falta de apetite, náusea e vômito e olhos vermelhos.

O mal é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença negligenciada e subnotificada: a estimativa é de que, a cada ano, 500 mil novos casos ocorram em todo o mundo, com uma mortalidade que pode variar de 10% a 70% em casos graves.

“A leptospirose é uma doença de notificação compulsória em todo o território nacional. Ela deve ser feita já na suspeita tanto em casos de surtos quanto de um único caso, e o quanto antes, para que as ações de vigilância epidemiológica sejam iniciadas. Essas ações têm como objetivo controlar o foco para evitar que mais pessoas desenvolvam a doença”, explica Emy Akiyama Gouveia, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi procurada pelo DE para comentar sobre a denúncia de infestação de ratos na unidade, mas, até a última atualização desta reportagem, a corporação não havia emitido nenhum parecer. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

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