Como Descartar Garrafas de Destilados de Forma Segura: Dicas para Evitar Falsificação e Intoxicação por Metanol

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Saiba como descartar garrafas de destilados para evitar falsificação

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) recomenda separar tampa, rasgar rótulos e levar embalagens a pontos de coleta de vidro; o objetivo é dificultar a reutilização por falsificadores.

A Abrasel orienta que consumidores adotem medidas de segurança no descarte de garrafas de bebidas destiladas. O objetivo é dificultar a atuação de falsificadores que reutilizam embalagens originais para vender bebidas adulteradas como as que têm sido notificadas em São Paulo, de intoxicação por metanol.

Como descartar garrafas de bebidas de forma segura:

– Nunca descarte a tampa junto com a garrafa – coloque em lixos diferentes;
– Rasgue ou retire o rótulo da embalagem antes de jogar fora;
– Encaminhe a garrafa para pontos de coleta de vidro ou locais de reciclagem autorizados;
– Evite descartar em lixo comum, o que facilita a reutilização por falsificadores.

Segundo o diretor da entidade, Gabriel Pinheiro, afirmou à GloboNews, há um mercado paralelo de compra e reaproveitamento dessas garrafas, o que reforça a necessidade de descarte consciente por parte da população.

“É importante deixar sinais de que a garrafa já foi utilizada”, explicou Pinheiro.

Além da colaboração dos consumidores, o diretor destacou que a principal responsabilidade está nas autoridades e no poder público. “O que mais precisamos agora é de sanções e fiscalizações firmes na origem do problema. É essencial que falsificadores e destilarias ilegais sejam identificados e punidos exemplarmente, porque eles prejudicam não apenas um setor importante da economia, mas toda a cadeia que depende dele”, disse.

O tema também está em discussão no Congresso Nacional, que deve analisar um projeto de lei para tornar obrigatória a destruição das garrafas de destilados após o consumo, impedindo a reutilização.

O Brasil registra 59 notificações relacionadas à intoxicação por metanol até a tarde desta quinta-feira (2), segundo informou o ministro da Saúde Alexandre Padilha durante coletiva de imprensa. Dessas 59, 11 já têm a detecção laboratorial da presença do metanol.

Em relação aos estados dos registros, o ministro informou que:
– 53 são de São Paulo;
– 5 são de Pernambuco;
– 1 é do Distrito Federal.

Padilha ainda informou também que foi estabelecido um estoque de etanol farmacêutico nos hospitais universitários federais e a compra de 4.300 ampolas para que elas estejam disponíveis para qualquer centro de referência ou unidade de saúde que não tenha.

O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos e é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, comprometendo a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.

O etanol farmacêutico age como antídoto, pois impede que o metanol seja convertido em ácido fórmico, uma substância ainda mais perigosa. O ministro também reforçou que em casos suspeitos de intoxicação por metanol, o etanol farmacêutico deve ser utilizado rapidamente.

No geral, é essencial adotar medidas de segurança no descarte de garrafas de destilados para impedir a falsificação e prevenir casos de intoxicação por metanol. A conscientização e colaboração dos consumidores são fundamentais para proteger a saúde e evitar tragédias relacionadas a bebidas adulteradas.

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