Como evitar arrependimentos e impulsividade na Black Friday: dicas de especialistas para um consumo consciente

Por que você não deve dar uma de Becky Bloom na Black Friday

Especialistas alertam para os impactos emocionais e financeiros das compras
impulsivas e oferecem estratégias para um consumo consciente

A Black Friday é um dos períodos mais aguardados por consumidores em busca de promoções atrativas, principalmente aqueles que são apaixonados por moda. No entanto, o entusiasmo com os descontos pode esconder armadilhas para o bolso e para a saúde mental, com riscos de endividamento e arrependimento.

Então, fica a reflexão: como controlar os impulsos de consumo e adotar uma postura mais consciente? A coluna entrevistou o psiquiatra Danielle H. Admoni e a psicóloga e psicanalista Deborah Klajnman para falar sobre o assunto. Vem conferir!

O IMPACTO DO CONSUMO NA Black Friday

O cérebro humano tende a reagir intensamente ao ato de comprar, especialmente durante promoções como a Black Friday. Isso porque o período trabalha com dois gatilhos que podem ser essenciais para as vendas: a sensação de escassez, pois o produto pode acabar rápido, e o apelo de urgência, pois a promoção é válida por um momento específico apenas.

Segundo a psiquiatra Danielle, ao realizar uma compra, ocorre então uma rápida liberação de dopamina, neurotransmissor associado à sensação de prazer, no cérebro: “Existem questões dinâmicas individuais de cada um, mas do ponto de vista biológico, quando você compra é como se tivesse atingido um objetivo imenso, uma coisa muito difícil. Depois disso, tem a liberação de dopamina, que gera um imenso prazer, quase como uma sensação de compensação”.

Porém, esse ciclo de prazer pode se tornar uma armadilha. “E aí o que acontece é que toda hora a gente quer buscar esse prazer de novo, criando um padrão compulsivo”, alerta.

A psicóloga Deborah Klajnman complementa que o marketing digital intensifica esse comportamento ao explorar vulnerabilidades emocionais dos consumidores: “A relação entre consumo e status social se torna mais evidente quando, em períodos promocionais, as pessoas se sentem impelidas a comprar o que, em outro momento, não adquiririam, como uma forma de não ficar à margem ou perder uma oportunidade que, na verdade, muitas vezes se mostra como uma ilusão de necessidade”.

Outro fator que contribui para o consumo excessivo é o senso de urgência criado pelas promoções. “O marketing e as redes sociais alimentam esse comportamento, sugerindo que a satisfação e a felicidade estão ao alcance através de objetos de consumo”, destaca Klajnman.

E O QUE FAZER?

Para evitar cair em armadilhas, Danielle sugere práticas simples, como planejar os gastos antecipadamente em planilhas e esperar 24 a 48h antes de finalizar uma compra. “Acho que é legal montar uma planilha, para você ver quanto que você tem e quanto que você ainda vai gastar. Porque às vezes você tem dinheiro na conta hoje, mas esse dinheiro já está comprometido com outros compromissos financeiros ao longo do mês. Poder visualizar é importante”, afirma.

Além disso, Deborah reforça a importância de desenvolver uma mentalidade mais consciente: “A compreensão de que o consumo não é uma solução definitiva para as angústias existenciais pode possibilitar formas alternativas e até mesmo mais interessantes de lidar com o vazio que todos nós experimentamos”.

A Black Friday pode ser uma oportunidade para compras vantajosas, mas exige atenção e planejamento para evitar danos emocionais e financeiros. O consumo consciente passa por questionamentos sobre as reais necessidades e motivações por trás das compras. Assim, é possível transformar a relação com o consumo em algo mais saudável, equilibrado e menos suscetível às armadilhas do marketing.

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Casal condenado por tentar matar filha com microcefalia em DEJó Preto

Casal é condenado por tentar matar filha de 1 mês com microcefalia

Um casal de DEJó Preto foi condenado por tentativa de homicídio contra filha e lesão corporal contra criança. As penas somadas passam de 85 anos. O homem, Guilherme Vieira Soares, de 29 anos, e a mulher, Kelly Andressa da Silva Conceição, de 25 anos, estão presos desde fevereiro do ano passado.

Guilherme foi sentenciado a 54 anos e 8 meses de prisão, enquanto Kelly recebeu a pena de 30 anos e 6 meses, ambos em regime fechado. Segundo o Ministério Público (MPSP), uma outra menina, então com 3 anos e filha de outro relacionamento da mulher, também foi vítima de agressões físicas.

Segundo o MPSP, Guilherme agrediu a enteada com um chinelo, deixando-a com diversos hematomas. Já a filha do casal, que nasceu com microcefalia, foi queimada com cigarro e sacudida violentamente pelo pai. A recém-nascida teve fraturas, incluindo traumatismo craniano.

A denúncia aponta que Kelly “se omitiu do dever de proteger as crianças, deixando de evitar as agressões ou de afastar as crianças do convívio com o homem”. De acordo com a promotoria, o casal era usuário de drogas, e Guilherme tinha histórico de agressões também contra Kelly. O DE apurou que a mulher já havia solicitado medida protetiva contra ele.

Além das penas de prisão, Guilherme ainda deve pagar mais de R$ 17 mil de indenização às vítimas. Essa condenação por tentativa de homicídio contra a própria filha chocou a todos que acompanharam o caso em DEJó Preto.

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