Como não cair na malha fina do IR 2017

No início de março, a Receita Federal começou a receber declarações do Imposto de Renda (IR). O prazo vai até 28 de abril, e, segundo o governo, mais de 28 milhões de declarações devem ser entregues neste ano.

As complicações da legislação tributária acabam confundindo muitos contribuintes, que, na hora de realizar sua declaração, cometem erros que podem levá-los a cair na temida malha fina.

Em 2016, cerca de 770 mil contribuintes ficaram presos na malha fina. As principais razões pelas quais as declarações estão na malha fina no IR, segundo a Receita, são: omissão de rendimentos do titular ou seus dependentes (409.054), divergências entre o imposto informado na declaração e o informado pela fonte (293.284), dedução indevida de previdência oficial ou privada, dependentes, pensão alimentícia e outras (277.848), além de despesas médicas que não correspondem (162.078).

Para quem tem dúvidas, o Diário do Estado preparou uma lista com os principais erros na hora da declaração. Confira.

Erros frequentes na declaração do IR:

– Preencher números e valores errados

– Omitir rendimentos

– Incoerência da renda declarada e o cartão de crédito

– Incoerência nos valores com despesas médicas

– Deixar de informar pensão alimentícia

– Inclusão de despesas com educação não dedutíveis

– Inclusão de dependentes indevidamente

– Deduzir qualquer tipo de doação

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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