Como Pedro Dom da Amazon morreu na vida real

A série brasileira Dom está dando o que falar e fazendo maior sucesso na Amazon. A empresa de streaming estreou a série no dia 4 de junho, e além de conquistar o público brasileiro, fez o maior sucesso com a audiência internacional na plataforma.

Poucos sabem mas a história acompanha a vida real de um dos mais traficantes do Rio de Janeiro, Pedro Dom, que liderava uma gangue que assaltava prédios de luxo.

Mas afinal, o que teria acontecido com Dom depois dos eventos contatos na série?

História de Pedro Dom

O drama foca na história de Pedro e seu relacionamento com o pai, Victor Dantas. Ambos cresceram em um bairro humilde do Rio de Janeiro, e Victor se tornou um policial para tentar ”limpar as ruas”. No entanto, o filho assumiu um caminho totalmente diferente, viciando-se em drogas ainda na juventude.

Em 2001, Pedro Dom foi preso por posse ilegal de armas, e sua mãe implorou para que o filho fosse levado a um hospital da prisão para ser reabilitado. Lá, Pedro conheceu poderosos traficantes de drogas, ladrões e assassinos. Muitos deste se tornaram seus companheiros de gangue.

Depois de ser internado por seis meses no hospital, Pedro é liberado em fevereiro de 2002 e ficou anos fora do radar da polícia. O criminoso foi reencontrado em 2004, desta vez como líder de uma gangue que assaltava prédios, e usava métodos violentos.

Em relatos de testemunhas, Dom teria colocado uma granada na mão de uma criança para convencer os reféns a indica onde escondiam as joias e dinheiro.

Uma força-tarefa policial foi criada para descobrir o paradeiro do criminoso, e após meses de procura, os agentes conseguiram grampear o telefone de Pedro.

Ao saberem que Pedro Dom viria na garupa de uma moto para a Zona Sul, os policiais montaram uma operação para prendê-lo.

Cerco ao túnel Rebouças

Após ele passar pela primeira galeria, uma viatura descaracterizada da polícia fechou a entrada do túnel para evitar que algum motorista acessasse o local.

Duas equipes de policiais esperavam a dupla na saída do túnel já na Zona Sul. Ao se ver cercado, Pedro Domjogou uma granada nos policiais. Quatro deles foram feridos de raspão, entre eles, o delegado Eduardo Freitas, atingido no braço direito.

“A gente já esperava que ele fosse jogar a granada. Nas escutas, ele dizia que se deparasse com a polícia jogaria um abacaxi, uma bolinha, que era como o Pedro Dom se referia ao artefato. A gente se protegeu da explosão e um dos agentes atirou na roda traseira da moto”.

O veículo saiu cambaleando e o motoqueiro se separou de Pedro Dom. A moto seguiu para a Rocinha enquanto o criminoso invadiu um prédio na rua Alexandre com Frei Leandro. Pedro levou um tiro no peito e acabou morrendo. O criminoso não havia completado 23 anos ainda.

Os produtos tinham sido roubados horas antes na Ilha do Governador. Eram 18 cordões, 67 brincos, 19 anéis, 15 pulseiras e um pingente. Havia ainda um pino de granada, provavelmente, do artefato que ele jogou contra os policiais no túnel.

A namorada de Pedro, filha de um oficial da Aeronáutica, também fazia parte da gangue do bandido. O casal teve um filho, que tinha cerca de 5 meses quando Pedro morreu.

A segunda temporada da série ainda não foi confirmada pela Amazon Prime mas você pode conferir a primeira pelo site do streaming.

Túnel Rebouças onde Pedro Dom foi cercado pela polícia

 

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Procurador da República abre inquérito para investigar ação da PRF

O procurador da República no Rio de Janeiro, Eduardo Santos de Oliveira Benones, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial, instaurou um procedimento investigatório criminal para apurar os motivos que levaram três policiais rodoviários federais a atirarem diversas vezes contra um carro com cinco pessoas da mesma família, na Rodovia Washington Luís (BR-040), na véspera de Natal. Um dos tiros atingiu a jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, na cabeça. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, sofreu um ferimento na mão.

Na medida, o procurador determina que a Polícia Federal fique à frente das investigações e que a Polícia Rodoviária Federal forneça a identificação dos agentes envolvidos no caso e a identificação dos autores dos disparos contra o carro da família.

Benones determinou ainda o afastamento imediato das funções de policiamento dos agentes envolvidos, além do recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance em poder dos agentes rodoviários, independente de terem sido usadas ou não para a realização de perícia técnica. Ele também quer saber se a PRF prestou assistência às vítimas e seus familiares e qual é o tipo de assistência.

O procurador da República Eduardo Benones determinou ainda que a Polícia do MPF faça diligências no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, onde Juliana está internada, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, e a identidade da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento da paciente.

Benones também expediu ofício à Concessionária Rodoviária Juiz de Fora-Rio (Concer) requisitando as imagens da noite do dia 24, entre 20h e 22h.

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