Como sobreviver ao Carnaval?

Está chegando o dia de aproveitar a festa popular brasileira mais esperada do ano: o Carnaval. E os foliões precisam de muita energia e animação para curtir os quatro dias de festa, seja nos bloquinhos de rua, na praia, atrás do trio elétrico, nos clubes ou barzinhos. Fique sabendo que cuidar da alimentação e ter uma boa hidratação ajuda todos a atravessarem a maratona da folia com muita disposição e zero mal-estar nos dias seguintes.

Apesar de pouco se pensar em manter uma alimentação adequada nos dias de festa e alegria, é muito importante que os foliões tomem alguns cuidados. A nutricionista clínica e esportiva do Grupo América, que faz parte do Sistema Hapvida, Priscila Pereira Santos, reforça que a alimentação durante os dias de festa deve ser rica em energia, vitaminas e minerais, sem esquecer da hidratação adequada. “Os alimentos devem ser de fácil digestão, com teor de gordura menor, ou seja, alimentos mais leves”, explica Priscila.

Alimentação na folia
A nutricionista do Hapvida identifica que uma alimentação equilibrada para manter o pique nos quatro dias de festa deve conter bastante frutas e verduras, de preferência aquelas bem ricas em água, como melancia, melão, mamão, laranja, morangos e folhagens que são fontes de vitaminas e ainda ajudam a hidratar.

“As verduras e grãos integrais também são muito importantes, pois vão fornecer os minerais, como o potássio e magnésio, que mantém o equilíbrio do corpo. A energia fica por conta de carboidratos complexos: batatas, pães e massas são ótimas fontes para repor a energia gasta na folia. Outras fontes excelentes de energia e gordura de boa qualidade e que são bem práticas de levar são as frutas secas e castanhas”, detalha Priscila Santos.

Hidratação
A água compõe cerca de 60% a 70% do peso corporal de um adulto e apenas com essa informação é possível perceber a importância de mantermos o corpo adequadamente hidratado. No carnaval não é diferente e a nutricionista do Grupo América traz uma curiosidade quem bem exemplifica “em cidades com clima quente a perda média diária de líquido corporal é de 2,3 litros, mas quando a temperatura está mais elevada, como no verão, e a intensidade de exercício aumenta, como nas festas de carnaval, a perda de água corporal pode ser de 3,3 litros a 4,3 litros ao dia. Por isso a ingestão de líquidos neste período fica entre 35 ml a 40 ml por peso corporal, ou seja, entre 2,5 litros a 3 litros”.

Ela detalha que as melhores opções para ingerir são a água mineral e a água de coco, mas sucos naturais e isotônicos também são muito bem-vindos na hora da folia. E para os foliões que exageram no consumo da bebida alcoólica o alerta é não descuidar da desidratação. “O álcool é um diurético natural, ou seja, aumenta mais ainda a perda de água por meio da urina. Uma dica prática que dou aos pacientes que atendo é a de que a cada latinha de cerveja consumida, beba pelo menos 200ml (um copo americano) de água”, finaliza a nutricionista.

Xô, ressaca!
Fim do carnaval! Fim dos dias de festa! E agora? Exagerou no consumo de bebidas alcoólicas, frituras e consumiu poucas fontes de vitaminas e minerais? A nutricionista Priscila Santos dá a dica e o lema é recuperar o corpo, dar um repouso ao fígado, estômago e intestino. “Para tanto é a hora de consumir refeições mais leves, como saladas bem coloridas, grãos e carnes magras. Consumir de 2 a 3 porções de frutas ao dia ou sucos naturais, evitando as frituras e alimentos ricos em açúcar simples e em cafeína (café, refrigerantes de cola e chá verde), explica a nutricionista Priscila Santos.

Ela ainda ressalta que o fígado é o órgão responsável pela desintoxicação do excesso de álcool e gorduras consumidos nas festas. É o responsável por mais de 500 tarefas no nosso corpo e, por isso, é importante uma alimentação pós-festa mais leve, rica em fontes de vitamina C e líquidos.

Priscila deixa uma dica de alimentação bem legal para curar a ‘bendita ressaca’: “beba pela manhã um copo de água de coco ou suco da fruta natural (melancia, abacaxi ou melão), sem açúcar e feito com água de coco. No almoço fazer uma saladinha com abacate e azeite, que tem uma gordura excelente para ajudar o fígado a eliminar o álcool. Nos lanches é interessante consumir sucos ou vitaminas com frutas. E a noite o famoso escaldado de fubá com frango ou a sopinha de legumes caem bem, pois além de saborosas, são comidas de fácil digestão e líquidas, que auxiliam na hidratação e recuperação do fígado”.

Mitos para a cura da ressaca Neste período de carnaval surgem ainda muitos mitos sobre como curar a ressaca, e a nutricionista do Grupo América desmistifica dois deles:

– Para curar ressaca é só beber novamente: isso só piora o estado e faz o corpo entrar num ciclo vicioso, pois quando o corpo entra em abstinência do álcool a pessoa sente os sintomas, bebe novamente, fica anestesiada, para de beber, sente ressaca, bebe novamente, etc.

– Tomar café forte e amargo cura a ressaca: o café aumenta a irritação do estômago e a cafeína aumenta a desidratação, piorando os sintomas de mal-estar. O café amargo pode ajudar a deixar a pessoa alerta, mas não a curar a ressaca.

Tem ainda duas receitas para você não dar nenhuma desculpa:

RECEITINHA DE GUACAMOLE LEVE Abacate (½ unid.) + ½ unid. limão + 1 tomate picado + 2 colheres de sopa de azeite + 1 colher de cheiro-verde + sal e pimenta a gosto (pouca pimenta)

SUCO TURBINADO Suco de laranja (100ml) + Manga (3 fatias) + Banana prata (½ unid.) 1 pedaço pequeno (0,5 cm) de gengibre e gelo a gosto.

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Câncer de pele: Como identificar manchas perigosas e prevenir o risco

A gerente de enfermagem Renata vivenciou uma experiência que transformou sua perspectiva sobre cuidados com a saúde. Após ter sido orientada a realizar acompanhamento médico anual devido a uma lesão pré-cancerígena, ela negligenciou a recomendação. Anos depois, uma consulta devido a uma mancha no rosto a fez descobrir um melanoma em estágio inicial, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele. A detecção precoce e remoção rápida garantiram um desfecho positivo.

O caso de Renata ressalta a importância do diagnóstico precoce no câncer de pele, a forma de tumor mais comum no Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). O melanoma, em particular, é o tipo mais raro e agressivo, e o diagnóstico rápido pode ser decisivo para a cura. Marina Sahade, oncologista do Hospital Sírio-Libanês, destaca os principais sinais de alerta, como mudanças na cor, tamanho e textura de pintas ou manchas, além do aparecimento de sangramento ou coceira.

Como identificar manchas suspeitas? A dermatologista Luísa Juliatto, do Alta Diagnósticos, orienta que é preciso ficar atento a pintas novas, em crescimento, com cores variadas ou formas irregulares. Também é importante observar pintas antigas que apresentem alterações. Feridas que não cicatrizam, sangramento, dor ou crescimento rápido de uma lesão também são sinais que demandam atenção médica. Para confirmar se a mancha é cancerígena, exames como dermatoscopia e ultrassom dermatológico podem ser necessários. Quando há suspeita, a biópsia de pele é essencial para o diagnóstico final.

Juliatto recomenda consultas dermatológicas anuais, especialmente se não houver histórico de câncer na família. Caso contrário, é importante um acompanhamento mais próximo com o especialista.

Quais manchas não são perigosas? Nem todas as manchas na pele são preocupantes. Manchas solares, sardas (efélides), ceratoses seborreicas e melasma geralmente não são sinais de câncer. Além disso, os nevos comuns, conhecidos como pintas benignas, também não são motivo de alarme.

Fatores de risco e prevenção A exposição solar excessiva e repetitiva, especialmente durante a infância e adolescência, é o principal fator de risco para o câncer de pele. Pessoas com pele clara, olhos e cabelos claros, ou com histórico familiar de câncer de pele, têm maior predisposição à doença. No entanto, é importante ressaltar que até pessoas negras podem ser afetadas.

No caso de Renata, a pele clara e o histórico familiar de câncer de pele de seu pai contribuíram para o desenvolvimento do melanoma. Após o diagnóstico, ela passou a adotar medidas rigorosas para proteger sua pele, como o uso diário de bloqueador solar e roupas especiais de proteção UV, além de evitar a exposição ao sol nos horários de pico.

Para prevenir o câncer de pele, a dermatologista recomenda:

  • Aplicar protetor solar com FPS mínimo de 30 a cada duas horas;
  • Evitar exposição solar entre 10h e 15h;
  • Utilizar barreiras físicas, como roupas com tratamento UV, boné, óculos de sol e guarda-sol.

Essas precauções são essenciais para reduzir o risco de câncer de pele e garantir uma rotina de cuidados adequados com a saúde da pele.

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