Como Trump pode influenciar a política de juros no Brasil e frear a recessão: análise detalhada

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Fã ou hater? Como Trump pode ajudar Lula a frear o ciclo de alta de juros no Brasil

Os principais analistas do mercado passam a ver recessão como certeza, e desaceleração econômica global pode influenciar decisão do Banco Central.

O ex-presidente Donald Trump (Estados Unidos) e o presidente Lula (Brasil) — Foto: Carlos Barria/Reuters e Adriano Machado/Reuters

O tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pode levar o Banco Central a frear a política de alta de juros no Brasil. A avaliação vem de alguns dos principais analistas do mercado financeiro e de política monetária.

A análise é compartilhada por integrantes da direção de instituições que vivem de projetar cenários de longo prazo, como a Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) e agentes que lideram grandes agências de lobby empresarial.

Os agentes mais atentos lembram que, em janeiro, um comunicado do Copom (Comitê de Política Monetária) já citava o ambiente externo como fator determinante para a política de juro no país. “Só se faz manejo interno desde que seara internacional não se deteriore”, explica um desses avaliadores.

Os próximos lances a serem observardos são de ordem também geopolítica. Antes improvável, a aproximação de China e Europa pode ganhar ainda mais corpo, graças à ação do presidente americano. “A China não tem óleo. É de interesse dela que a matriz energética global seja elétrica. E isso pode ampliar o alinhamento com países alinhados à causa ambiental, em especial na Europa”, detalha a fonte.

Há ainda no horizonte uma projeção de muita tensão na relação entre Trump e o presidente do FED, o banco central americano, Jerome Powell. “Trump está produzindo inflação, dizendo que vai esquentar o mercado interno, num ambiente de pleno emprego e expurgo dos imigrantes. O trabalho do Jerome Powell, que era de fazer um pouso suave da inflação, foi obviamente comprometido.”

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