Companhia aérea da Finlândia anuncia que agora pesará passageiros

A principal companhia aérea da Finlândia anunciou que irá pesar os passageiros com bagagem de mão para melhor estimar o peso do avião antes da decolagem. A Finnair disse que a mudança, que será feita de forma voluntária até maio, visa melhorar os cálculos de equilíbrio que aumentarão a segurança do voo. A medida da Finnair vale para todos os voos que partem de Helsinque (Finlândia).

“A Finnair coletará dados pesando os clientes voluntários e sua bagagem de mão no portão de embarque. A pesagem é voluntária e anônima, e os dados serão usados ​​apenas para otimizar os atuais cálculos de equilíbrio das aeronaves da Finnair.” segundo comunicado da empresa.

Satu Munnukka, chefe dos processos terrestres da Finnair afirmou que a companhia aérea não pedirá o nome ou número de reserva dos passageiros que se voluntariaram para serem pesados.

“Até agora, mais de 500 clientes voluntários participaram da pesagem”, disse a porta-voz da companhia, Kaisa Tikkanen ao Daily Mail.

As companhias aéreas podem usar pesos médios fornecidos pelas autoridades aeronáuticas – estimados em 88 kg – ou coletar seus próprios dados. A Finnair adotou a segunda opção.”Apenas o agente de atendimento ao cliente que trabalha no ponto de medição pode ver o peso total, para que você possa participar do estudo com tranquilidade”, disse Satu

Nas redes sociais muitos internautas se disseram “horrorizados” com o anúncio, que argumentam que causará constrangimento aos passageiros com excesso de peso, descrevendo o plano como “cruel”.

Uma usuária afirmou que ela não viajaria pela Finnair, “não vou ser envergonhada por uma maldita companhia aérea”.

“A Finnair vai começar a pesar seus passageiros? Eu li isso corretamente? Estou totalmente chocado! E enojado”, postou outro internauta.

Em entrevista ao “Huffington Post” a companhia disse que os passageiros subiram numa balança com todas as roupas e bagagem de mão para obter uma leitura combinada. Não é apenas o peso corporal que interessa à Finnair, mas o pacote completo. O diretor de comunicações, Päivyt Tallqvist, declarou que os finlandeses tendem a trazer muito mais peso para o avião nos meses mais frios, pois vêm preparados com casacos grossos e pesados.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp